Em outubro, a 15ª edição do programa Magistratura e Sociedade terá como entrevistado o professor Leandro Karnal. A conversa com o juiz Gonçalo Antunes de Barros Neto vai ao ar nesta quinta-feira (27 de outubro), no canal oficial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), no YouTube (@tjmtoficial).
Graduado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e doutor pela Universidade de São Paulo (USP), Karnal iniciou a carreira como professor, inclusive tem especialização em História da América. Escritor, palestrante e apresentador de TV, foi curador de diversas exposições e também é membro da Academia Paulista de Letras desde abril de 2021.
Ao abordar temas do dia a dia dos magistrados e magistradas, Karnal destacou a importância de o juiz ser uma autoridade. “Sem autoridade não existe justiça. A justiça segura uma balança e segura uma espada. Ela precisa de equilíbrio e precisa ser cega. Ela precisa ser vendada para as paixões do mundo. É uma posição muito difícil. E sim, os juízes que só se pronunciavam nos autos hoje têm redes sociais, mas seria bom usá-las com equilíbrio e moderação. Seria bom ter consciência que nem toda opinião precisa ser publicada, porque ela vai me fazer incorrer em suspeição de juízo.”
Dentre os variados temas abordados, o professor enfatizou a necessidade de aprimoramento constante. “Alguém que tenha uma capacidade de leitura precisa exercer essa capacidade lendo. Não há outro processo. Eu preciso treinar e ver quais são minhas falhas em retórica, em conhecimento, em habilidades, para treiná-las mais. Então, eu acredito muito que vocação é inútil se não houver esse esforço, essa capacidade. Sempre nós estamos em processo de aperfeiçoar nosso conhecimento. Eu acho importante pensar que eu sempre posso melhorar. Eu, como professor, como escritor, como juiz, juíza, advogada, eu posso sempre melhorar.”
O programa Magistratura e Sociedade, iniciativa da Escola Superior da Magistratura (Esmagis-MT), tem por objetivo inserir os magistrados e magistradas nas ciências humanas e sociais como forma de apropriação de conteúdo mais humanitário.
Lígia Saito
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
Fonte: Tribunal de Justiça de MT