Nesta quarta-feira (26), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) demitiu o assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria Geral da Presidência Alexandre Gomes Machado, de 51 anos.
O funcionário da Corte era responsável pelo recebimento dos arquivos das propagandas eleitorais e pela disponibilização das peças no sistema eletrônico do TSE. A susbstuíção de Machado por André Barbosa dos Santos foi divulgada no Diário Oficial da União.
A demissão de Alexandre Gomes ocorre após a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) acionar o TSE na última segunda-feira (24) e informar que diversos comerciais não teriam sido veiculados em rádios. Após as alegações, o ministro Alexandre de Moraes determinou o envio de documentos que comprovassem a acusação. Eles foram encaminhados à Corte pela campanha do atual mandatário nesta terça (25).
Depoimento à PF
Após o desligamento, Gomes procurou a Polícia Federal disse estar sendo “vítima de abuso de autoridade” e afirmou “temer por sua integridade física”.
Machado apontou falhas na fiscalização da veiculação de inserções da propaganda eleitoral de candidatos pelas emissoras. A informação conta na declaração prestada à Superintendência da PF no Distrito Federal.
Ele disse que acredita que um dos motivos de sua demissão seja o fato de que “desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita”.
À PF, o ex-funcionário disse que será preciso uma fiscalização para “saber se as propagandas de fato estariam sendo veiculadas”.
“Que especificamente na data de hoje, o declarante, na condição de coordenador do pool de emissoras do TSE, recebeu um e-mail emitido pela emissora de rádio JM On Line na qual a rádio admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, referente ao candidato Jair Bolsonaro.”
“O declarante comunicou o fato para Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE, por meio de e-mail; que cerca de trinta minutos após esta comunicação foi informado, pelo seu chefe imediato, de que estava sendo exonerado, porém não lhe foi informado quanto à motivação de sua exoneração. Que então decidiu comparecer a esta Superintendência de Polícia Federal, por ter se sentido vítima de abuso de autoridade e por temer por sua integridade física ou que lhe sejam imputados fatos desabonadores para desviar o foco de provem fiscalização de inserções por parte do TSE”, diz um dos trechos do depoimento.
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Fonte: IG Política