Dados coletados pelo Banco Central (BC) mostram que o comprometimento da renda das famílias brasileiras com dívidas chegou a 29,4% em agosto. Segundo as informações divulgadas nesta quinta-feira (27), o índice é o maior da série histórica, iniciada em 2005.
O levantamento também mostra que o endividamento das famílias brasileiras em agosto atingiu 52,9%, segundo maior número da série histórica. A pesquisa, que se iniciou em 2010, mostra uma queda de 0,4 ponto porcentual no mês e elevação de 3,5 pontos percentuais em 12 meses.
A inadimplência também cresceu em agosto. O percentual de pessoas que não conseguem pagar as contas dentro do prazo estipulado pelos bancos está em 5,7%, maior patamar desde agosto de 2017.
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A taxa média de juros para novas contratações de crédito caiu 0,2 ponto no mês estudado. São 28,6% anuais porém estão 7% mais altas nos últimos doze meses. Contudo, os atrasos nos pagamentos superiores a 90 dias permaneceu estável em setembro, em 2,8%.
Desconsiderando o financiamento imobiliário, o comprometimento da renda é de 27,2%, maior patamar da série histórica. Contudo, o endividamento pelos investimentos em imóveis é de 33,5%, registrando uma leve queda em comparação aos números levantados em julho.
Um dos motivos para o aumento do endividamento é a alta da taxa Selic que, considerando setembro, está fixada em 13,75% de juros para o ano. Já o rotativo do cartão de crédito, valor aplicado quando a fatura não é paga integralmente até a data do vencimento, atingiu 388,7% ao ano em setembro.
Programas de financiamento a longo prazo não são considerados os maiores causadores para o aumento do endividamento das famílias. Hoje, programas de crédito são apontados como a maior tendência para as dívidas das casas brasileiras.
Fonte: IG ECONOMIA