A confusão entre Elon Musk, novo chefão do Twitter, e os funcionários da rede social parece que ainda está longe de acabar. Após demitir toda a diretoria da empresa , fontes próximas alegam que o bilionário pretende cortar nada menos do que 3.700 empregados da plataforma – algo em torno da metade do seu atual quadro de funcionários.
Divulgada pela Bloomberg, as informações foram concedidas por pessoas com conhecimento do assunto, mas que preferiram se manter no anonimato.
Segundo elas, os cortes dos trabalhadores já começariam nesta sexta-feira (4) e seriam uma tentativa de Musk de reduzir custos da rede social, após o empresário tê-la comprado por US$ 44 bilhões.
Vale lembrar que a ameaça de demissões que paira sobre o Twitter não vem de agora, tendo começo antes mesmo da compra da rede social ter sido finalizada.
Depois de uma verdadeira saga de negociações, em outubro, o Washington Post divulgou que Elon Musk pretendia demitir nada menos do que 75% dos funcionários da companhia.
A informação foi posteriormente desmentida, mas havia a desconfiança de que fossem mantidos ao menos os planos originais da empresa de cortar 25% de seus funcionários.
Quando assumiu a companhia, Musk já chegou com impacto, demitindo alguns dos principais nomes de liderança da empresa, como o ex-CEO, Parag Agrawal, o diretor-chefe de finanças, Ned Segal, e a executiva de assuntos políticos e legais, Vijaya Gadde.
Segundo fontes próximas, eles e outros grandes executivos despedidos teriam, juntos, nada menos do que US$ 100 milhões a receber. Havia, porém, grandes chances do assunto ir para nos tribunais, já que Musk não estaria disposto a pagar o valor e, por isso, os teria mandado embora sob a alegação de justa causa.
Musk deve acabar com trabalho remoto
Além das possíveis novas demissões de sexta-feira, Musk também deseja mudar a forma de trabalho dos funcionários que permanecerem no Twitter.
As mesmas fontes ouvidas pela Bloomberg alegaram que o magnata pretende reverter a política de trabalho atual da empresa, que permite que seus funcionários trabalhem remotamente.
Ainda que algumas exceções possam ser feitas, a ideia do CEO é que todos passem agora a trabalhar in loco, resolvendo as questões sobre a rede social diretamente no escritório do Twitter.
Ainda que vejam o cenário de demissões do Twitter como incerto – inclusive com o número de demitidos podendo ser alterado –, as fontes da reportagem informaram haver uma equipe de assessores trabalhando ao lado de Musk para avaliar os melhores cenários de cortes e de outras mudanças na política de trabalho da empresa.
Fonte: IG TECNOLOGIA