Passageiros que estavam dentro de um ônibus na rodovia BR-364 em Vilhena, no estado de Rondônia , foram coagidos a assinar uma petição favorável a ” intervenção federal “. Uma testemunha que estava dentro do transporte público relatou como aconteceu o caso.
O ônibus, que seguia viagem para Cuiabá (MT), foi abordado em um dos bloqueios ilegais nas estradas. O veículo ficou parado por pelo menos 3 horas antes de ser liberado.
No vídeo, é possível ver manifestantes, vestidos com a camisa brasileira de futebol, com e uma mulher com uma prancheta pedindo assinaturas dos passageiros.
Três pessoas se recusaram a assinar. Logo em seguida os passageiros foram informados de que sem as assinaturas o ônibus ficaria parado por seis horas.
Na gravação, um homem pergunta: “Quem foi que não quis assinar, aí?”. Sem resposta, ele continua: “Então o ônibus vai ficar seis horas fechado, tá?”. Outra pessoa diz: “Não, aí vocês estão coagindo todo mundo”.
Perto do final do vídeo, um rapaz jovem com a bandeira do Brasil amarrada nas costas diz a alguns passageiros que as eleições foram fraudadas.
“No primeiro turno era para o Bolsonaro ter ganhado já, aquilo lá foi fraude. O Exército não teve acesso às urnas agora no segundo turno”, diz o rapaz, sem apresentar dados ou provas.
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) , disse nesta quinta-feira (3) que o resultado das urnas eletrônicas nas eleições 2022 é legítima e incontestável. O magistrado também relatou que pessoas que estão tentando aplicar um golpe de estado serão responsabilizadas.
“As eleições acabaram, o segundo turno acabou democraticamente no último domingo. O TSE proclamou o vencedor, o vencedor será diplomado até dia 19 de dezembro e tomará posse em 1º de janeiro de 2023. Isso é democracia, isso é alternância de poder, isso é estado republicano”, disse Moraes.
Os manifestantes protestam em vários estados do Brasil desde a noite do último domingo (30), contra o resultado das eleições 2022 , que marcou a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a derrota do atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL) .
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Fonte: IG Política