O crescimento médio do Valor Bruto de Produção (VBP) agropecuária do Paraná, entre 2012 e 2021, foi de 5% ao ano. Em 2021, o valor alcançou R$ 180,6 bilhões, que é a soma de tudo o que foi produzido no segmento agropecuário, incluindo agricultura, pecuária e florestas. A análise está no documento Valor Bruto da Produção 2021 , publicado nesta quinta-feira (03) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
O resultado do ano passado, em termos nominais, foi 41% superior ao montante de 2020, que tinha sido, até então, o maior já registrado. Mas poderia ter tido progressão ainda mais expressiva. “Sob o ponto de vista climático, a estiagem prolongada e algumas geadas mais intensas reduziram a produtividade de culturas importantes, como a do feijão e a do milho”, disse a coordenadora da Divisão de Estatísticas Básicas, Larissa Nahirny Alves.
“Em contraposição às perdas de produção, a valorização generalizada dos preços, que começou em 2020 e se intensificou ao longo de 2021, assegurou a expansão do faturamento e permitiu mais um resultado recorde”, acrescentou a técnica.
Os dados das exportações do agronegócio paranaense evidenciam essa compensação dos preços: o volume em toneladas reduziu 14% (de 28,8 milhões em 2020, para 24,7 milhões em 2021), enquanto o valor aumentou no mesmo percentual (14%) e totalizou US$ 15,2 bilhões.
O documento publicado pelo Deral mostra que, entre 2012 e 2021, a maior taxa de crescimento real médio foi observada na pecuária, com 6% ao ano. Ela saiu de R$ 50 bilhões para atingir R$ 87 bilhões no ano passado. A agricultura cresceu, em média, 4% ao ano, partindo de R$ 60 bilhões para atingir R$ 88 bilhões. Por outro lado, o setor florestal registrou redução média real de 2% ao ano. O VBP recuou de R$ 7,7 bilhões em 2012 para R$ 6,2 bilhões em 2021.
Em termos de participação na composição do VBP, na safra 2020/21, que foi a base do levantamento atual, houve pouca variação em relação às médias: a agricultura foi o principal setor, com 49%, seguida da pecuária, com 48%, e dos produtos florestais, com 3%.
Fonte: AgroPlus