A agência de verificação de notícias Lupa concluiu que são mentirosas as acusações de que as urnas eletrônicas teriam “roubado” 5,1 milhões de votos do presidente em exercício Jair Bolsonaro (PL). A falsa alegação começou a circular nos Estados Unidos.
“A informação analisada pela Lupa é insustentável”, afirmou a Lupa em seu site. “Não há qualquer evidência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, nem de que 5,1 milhões de votos foram ‘roubados’ de Bolsonaro pelas urnas eletrônicas.”
A Lupa informou que o falso dado foi inicialmente exposto pelo empresário e apresentador americano Mike Lindell durante uma transmissão online. Ele não apresentou nenhuma prova de suas acusações. Lindell é aliado do ex-presidente Donald Trump e conhecido por disseminar teorias da conspiração.
Posteriormente, um brasileiro não identificado fez um vídeo alertando sobre a suposta fraude.
“Pessoal, urgente isso aqui. Olha o que um site americano está divulgando nos Estados Unidos e nós não estamos sabendo de nada ainda aqui no Brasil”, diz o homem. “Mike Lindell: 5,1 milhões de votos roubados do presidente brasileiro Bolsonaro por meio de urnas”, completa o narrador, que lia a manchete de uma suposta notícia.
O site ao qual o narrador se refere é, na realidade, o “Rumble”. Não se trata de um site de notícias, mas de hospedagem de vídeos, como o YouTube.
A Lupa ressalta que não há qualquer informação sobre a suposta fraude que tenha sido publicada em português ou inglês. Na última quinta-feira (3), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, fez um balanço do segundo turno das eleições e declarou que não há como contestar os resultados divulgados. Diversos líderes mundiais, inclusive o presidente americano Joe Biden, reconheceram a vitória do presidente eleito Lula (PT) e telefonaram para cumprimentar o petista.
O TSE reforça que, até hoje, nenhuma fraude nas urnas eletrônicas brasileiras foi comprovada. As máquinas começaram a ser usadas no Brasil em 1996 e, desde então, passam por testes periódicos de segurança.
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Fonte: IG Política