Neste domingo (13), a futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja , durante entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, falou sobre as críticas que já recebeu após a eleição de Lula (PT) e afirmou que deseja “ressignificar o conteúdo do que é ser uma primeira-dama”.
Aos 56 anos, a futura primera-dama foi questionada pelas jornalistas Maju Coutinho e Poliana Abritta sobre seu “jeito atuante” que já teria causado incômodo em aliados de Lula e como teria lidado com a situação.
“Sinceramente, não me incomodei com isso. Porque a opinião que importava para mim nesse momento da campanha era do meu marido. Se era importante para ele eu estar fazendo algumas coisas e estar do lado dele. E eu trouxe para mim esse papel de cuidar mesmo dele, de preservá-lo, até de segurança”, disse Janja.
Logo depois, as jornalistas chegaram a perguntar se, na avaliação dela, as críticas teriam sido motivadas por machismo, ciúmes ou as duas coisas.
“Acho que foi um pouquinho de cada um. Houve machismo porque talvez a figura do Lula por si só se bastasse e agora tem uma mulher do lado dele, não que complemente, mas que soma com ele em algumas coisas. Então hoje, acho importante olhar para ele, olha para ele e também está me vendo. Isso não acontecia antes, só olhava para ele. E hoje ele tem um complemento, é uma soma, que sou eu. E não é porque eu estou do lado dele, é porque eu sou essa pessoa, eu sou a pessoa que é propositiva, que não fica sentada, que vai e faz”.
Rosangela Silva comentou que deseja “ressignificar o conteúdo do que é ser uma primeira-dama” e afirmou que irá trazer pautas importantes para as mulheres e que seu papel no governo do marido será mais de “articulação com a sociedade civil” .
Janja listou alguns compromissos pelos próximos anos. Veja quais são:
- combate ao racismo;
- combate à violência contra a mulher;
- garantir alimentação a todos.
No entanto, a esposa do presidente eleito não chegou a citar propostas nem se aprofundou nos temas.
Leia outros assuntos abordados pela futura primeira-dama:
A paixão por Lula – “No final de 2017, o MST faz um jogo e o Chico Buarque ia jogar. Eu preciso ir nesse jogo e acabei indo. Foi muito emocionante porque eu queria ver o Chico Buarque, tem a foto, tá lá no meu Instagram. Eu já conhecia o meu marido de outros momentos, não sei se ele lembrava muito de mim. A gente sentou para almoçar, todo mundo. Aí depois pediu meu telefone para alguém, eu recebi e ali foi indo. A gente foi se aproximando”;
A prisão – “Estava voltando da Itaipu, estava no meu carro, dirigindo. Lembro que parei no estacionamento de uma farmácia e chorava muito. Eu não acreditava. Liguei para ele, ele pedia para eu ficar tranquila, tava indo para o Sindicato dos Metalúrgicos. Tive que chamar um amigo meu porque eu não conseguia mais dirigir”;
Trocando cartas – “Muitas cartas muito felizes e muitas cartas. Teve momentos muito difíceis desses 580 dias. O dia mais difícil para ele foi o dia da morte do neto [Arthur Lula da Silva morreu em 1º de março de 2019, aos 7 anos]”;
Como é o casamento com Lula – “Acho que o Brasil até conhece, mas não conhece o homem bem-humorado dentro de casa. Ele acorda cedo para treinar, treina todo dia. 5h30 já está desperto, ele faz questão. A gente acorda dando risada”;
O machismo de Lula – “Tem uma coisa que eu me lembro agora, até não gosto muito, mas vou citar, sim. Ele se refere à esposa do [Fernando] Haddad, ele fala assim ‘o Haddad e a esposa do Haddad’. Aí eu sempre digo ‘Ana Estela, Ana Estela’;
Simone Tebet – “A genta estava em casa, peguei, vamos ligar, vamos ligar, falei com a senadora, os 2 conversaram. Não foi nada ‘você vai ligar e isso’. Eu não tenho nenhum papel de articulação política. Pode até ter acontecido, mas não que tenha sido uma coisa planejada. Era importante falar com ela, importante conversar com ela”;
Presença nas redes sociais – “Eu decidi abrir meu Instagram, muito com receio, mas era uma coisa que eu tinha que fazer porque as pessoas tinham curiosidade de conhecer, não conhecer a Janja, mas de conhecer quem era a mulher que estava ao lado do Lula”;
Inspirações – “Na Argentina, eu visitei a casa de Evita, o museu de Evita Perón, e me revelaram algumas coisas da história dela que talvez nem todo mundo, nem toda a sociedade brasileira conhece. Não conhece o papel que ela teve para as mulheres naquele momento histórico da Argentina. Outra que eu também fiquei bastante impressionada foi Michelle Obama. De saber que muitas das políticas que foram tentadas do governo [Barack] Obama foram propostas dela, principalmente na área da saúde”;
2º turno das eleições – “A primeira coisa que ele [Lula] queria fazer era sair para o portão [da casa onde os 2 moram, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo] e abraçar o pessoal que ficou a tarde inteira no portão;
Posse em 2023 – “Vou estar muito feliz no dia 1º de janeiro. Por ele, pelo Brasil, pela esperança, pelo amor. Vou cantar”.
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Fonte: IG Política