PORTAL IG
[email protected]
Lula chegou no Egito na última segunda-feira (14) para participar da conferência climática, após receber convite do presidente egípcio Abdel Fatah al-Sissi. Desde a vitória no segundo turno das eleições 2022, em 30 de outubro, esta é a primeira viagem internacional do petista, que venceu o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), nas urnas.
A COP tem como um dos objetivos discutir as mudanças climáticas e propor medidas para a redução dos gases de efeito estufa. Em 2019, o Brasil está previsto para sediar o evento, mas, a pedido de Bolsonaro, a conferência foi transferida para a Espanha.
“Nós vamos falar com o secretário-geral da ONU [António Guterres] e vamos pedir para que a COP de 2025 seja feita no Brasil e, no Brasil, seja feita na Amazônia. E, na Amazônia, tem dois estados aptos a receber qualquer conferência internacional, o estado do Amazonas e o estado do Pará”, disse Lula nesta quarta.
O presidente eleito também disse que é “importante” que as pessoas conheçam a Amazônia. “Acho muito importante que seja na Amazônia e acho muito importante que as pessoas que defendem a Amazônia e que defendem o clima, conheçam de perto o que é aquela região”, acrescentou.
Na ocasião, Lula afirmou que “o Brasil voltou ao mundo”. “O Brasil está saindo do casulo a que ele foi submetido durante os últimos quatro anos.”
“O Brasil não pode ficar isolado como ficamos nos últimos 4 anos. O Brasil não viajava para nenhum país e nenhum país viajava para o Brasil. Era como se nós tivéssemos sofrendo um bloqueio”, declarou.
Lula e as promessas na COP27
O futuro chefe do Executivo federal sinaliza que sua gestão irá adotar políticas públicas para que o combate ao desmatamento da Amazônia seja bem-sucedido. O posicionamento de Lula tem como principal objetivo conquistar o respaldo internacional para colocar suas ações em prática.
O petista tem avisado ao mundo que trabalhará para chegar a zero o desmatamento na Amazônia e a emissão zero de gases que ocasionam no efeito estufa na matriz energética. Ele ainda se esforça para que empresários explorem a região de maneira sustentável.
O presidente eleito ainda sinalizará que adotará medidas rígidas para acabar com o garimpo ilegal em terras indígenas. Ao longo dos últimos dois anos, Lula demonstrou muita insatisfação com as medidas adotadas por Bolsonaro. Na avaliação dele, o atual governo desmontou políticas públicas na área, o que facilitou ações criminosas de garimpeiros.
Uma das suas promessas de campanha para acabar com o garimpo ilegal é a criação do Ministério dos Povos Originários. A deputada federal eleita Sônia Guajajara é a favorita para ocupar a pasta. Ela é vista como uma figura política preparada para apresentar medidas que protejam os indígenas.