O PL (Partido Liberal) não menciona a eleição dos congressistas do partido no relatório feito ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo para anular parte dos votos nas Eleições Gerais 2022. A sigla terá a maior bancada na Câmara a partir de 2023, com 99 deputados federais e 8 senadores eleitos. O documento foi enviado ao órgão pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Na solicitação, o PL questiona mais da metade das urnas eletrônicas usadas nas eleições deste ano. O partido põe em xeque, sem provas, a confiabilidade de cinco de seis modelos de urna (as de modelo 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015), apontando supostas irregularidades As urnas dos cinco modelos foram utilizadas em ambos os turnos.
A suposta irregularidade se trata de um “bug” envolvendo o chamado “arquivo log” das urnas de modelo antigo, em que estão o código da cidade, a zona e a seção eleitoral. No site de resultados do TSE, o PL alega que todas as urnas dos modelos anteriores a 2020 aparecem com o mesmo número de identificação, quando deveriam apresentar um número individualizado. O relatório de fato informa um problema técnico existente, mas especialistas afirmam que ele não altera o resultado do pleito.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, escreveu em despacho na terça-feira (22) que o PL não pode contestar a validade das urnas em apenas um dos turnos de votação, “sob pena de indeferimento da inicial”. Moraes determinou que o partido contestasse a regularidade também do primeiro turno dentro de 24 horas. A sigla tem até às 16h39 desta quarta para fazê-lo.
“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas”, escreveu o ministro.
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Fonte: IG Política