O principal portal de negócios automotivos do país, a Webmotors , mapeou a jornada do consumidor de veículos novos e seminovos no Brasil e descobriu tendências sobre o comportamento e hábitos de compradores de automóveis.
Dos entrevistados 61% estavam adquirindo um carro pela primeira vez , entre a população com renda entre quatro e dez salários mínimos , a parcela que estava comprando o primeiro automóvel era de 85%.
No público com rendimentos entre dez e 20 salários mínimos, 60% dos entrevistados estava adquirindo um automóvel pela primeira vez, e entre a população com vencimentos acima dos 20 salários, o cenário foi invertido, 55% dos entrevistados não estavam comprando o primeiro carro.
“Os resultados da pesquisa mostram a renda como um diferencial para o ingresso dos consumidores no mercado automotivo, sinalizando a importância do financiamento e do consórcio”, observa Cris Rother, CMO da Webmotors.
Cerca de 36% dos entrevistados pretende trocar de carro “em mais de três anos”, enquanto 30% pretende comprar outro automóvel “em até dois anos”, e 17% irá substituir o veículo em até 12 meses.
A troca de veículos em até dois anos é cogitada por metade dos consumidores com renda entre quatro e dez salários, enquanto 55% dos entrevistados com renda entre dez e 20 salários pretendem permanecer com o mesmo carro por mais de três anos.
“De acordo com o estudo, o público feminino que pretende mudar de carro em até um ano é 10% maior do que o masculino. Já o total de homens que desejam trocar de veículo em até três anos é 10% maior em relação às mulheres”, compara Rother.
Ainda segundo Rother, esses números apontam que as mulheres são mais assíduas a compra de carros novos do que homens, o que contraria o senso comum .
Para 30% dos entrevistados, a compra do primeiro carro está relacionada a “necessidade”, enquanto 22% associam essa aquisição a realização de um sonho , e para 18%, a decisão do primeiro carro está aliada a comodidade .
A pesquisa ainda apontou que a principal opção de pagamento para a compra foi à vista , representando 39% dos casos, seguida do consórcio (19%) e pelo financiamento com entrada em dinheiro (17%).
Sobre busca de informações para decidir qual veículo comprar, a internet foi a principal fonte de conhecimento para 71% dos consumidores, independe de gênero e classe social , e segundo Rother, esse dado só comprova a força das mídias digitais nos processos de decisão.
“A força do meio digital tende a aumentar cada vez mais, seja na pesquisa, no test-drive virtual e até mesmo na operação de pagamento”, estima Rother.
O estudo “ Jornada do Comprador ” foi conduzido pela Webmotors em parceira com a Midminers e ouviu 120 pessoas maiores de 18 anos entre 26 de junho a 7 de julho de 2022.
A amostragem foi composta por 52% de mulheres e 48% de homens , a maioria na faixa etária entre 25 e 34 anos (49%) e com renda entre dez e 20 salários mínimos.
Todos os entrevistados já haviam participado de algum estudo anterior sobre compra de veículos , além de ter realizado a aquisição de um carro recentemente.
Fonte: IG CARROS