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O deputado Federal Juarez Costa (MDB) esteve no encontro de prefeitos de Mato Grosso, na manhã desta quinta-feira, 1º de novembro, realizado pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), onde o parlamentar aproveitou que a imprensa estava presente para dar uma alfinetada na atual secretária Agricultura do Estado, Teté Bezerra, também do mesmo partido, gerando um mal-estar entre os emedebistas.

O posicionamento do deputado, veio após rumores de que uma carta escrita por outros partidários que pediam ao governador a permanência de Teté no cargo. Segundo Juarez, a esposa de Carlos Bezerra (cacique do MDB), não tem capacidade técnica para gerir a Secretaria de Estado Agricultura Familiar e atender as demandas da pasta.

“O MDB tem que estar mais unido. Eu não conheço a carta. De repente, pode ser que alguém tenha feito isso. Por que eu não fui chamado? Porque eu coloquei emenda na Seaf para compra de maquinários, equipamentos para agricultura familiar e Secretaria entregou sem me consultar, sem falar comigo. Tem caminhões-pipa comprados e eu não fiquei sabendo. Foram entregues caminhões com emendas minhas, com parceria com o governo, e eu não fiquei sabendo”, disse o parlamentar.

Apesar da cutucada, Juarez deixou claro que não há racha dentro do partido, apenas que ficou chateado e pediu respeito e união. Ele chegou a citar o ex-secretário Silvano Amaral, que saiu para disputar uma cadeira na AL, mas que saiu derrotado.

“Não é rachado. Acho que falta respeito. Eu não concordo. Você vai perguntar para mim por quê? Falta de qualidade técnica. É uma Secretaria. Quando o Silvano esteve lá, demostrou que foi uma das mais eficientes. Ele foi ótimo para o Estado”, finalizou.

No mesmo dia, no período da tarde, durante a entrega dos maquinários, a secretária Teté Bezerra, lamentou a fala do colega de sigla e disse que quem decide seu futuro a frente da Seaf é o governador Mauro Mendes.

“Eu acho que seu eu não tivesse qualidade técnica, não teria sido indicada. Estou há sete meses (na Seaf) e meu trabalho está aí para ser avaliado. Eu acho que foi descortês, e quem decide a minha permanência, ou não, é o Governo, o governador”, disse Teté ao ser questionada pelos jornalistas.

A secretária ainda disse que trabalha com a questão da agricultura familiar há 47 anos e que tem afinidade com o assunto e que está sempre buscando novas formas de melhorar a vida do homem no campo.

“São mais de 100 mil famílias do Estado que precisam, sim, de um olhar diferenciado. Eu acredito que minha permanência lá deu uma contribuição para que essa proposta do governador, de estar mais próximo do campo, possa chegar a todas essas famílias”, afirmou a secretária.