

No evento, todas as autoridades que compõem o sistema de justiça e forças de segurança, como Polícia Civil, Polícia Militar, Defensoria Pública, Ministério Público e Poder Judiciário, além do Conselho Municipal da Mulher e Movimento LGBTI+ de Cáceres chamaram a atenção da população que passava o domingo na praça para o tema social tão importante.
“A avaliação do evento é muito positiva. Acredito que nós conseguimos atingir nosso objetivo, que é levar o nosso trabalho para a comunidade. Nessa ação, nós não convidamos a sociedade civil para vir ao fórum, à Casa da Justiça; nós fomos até a sociedade, até a praça, para mostrar efetivamente para a sociedade cacerense nosso trabalho e convidar a todos, mulheres, homens e crianças para refletir sobre a importância de colocar definitivamente um fim a essa violência que meninas e mulheres sofrem”, afirma a juíza titular da 2ª Vara Criminal de Cáceres, Helícia Vitti Lourenço.

Iniciativa dos servidores – A iniciativa de realizar o ato de ativismo partiu dos servidores do Fórum de Cáceres, entre eles a oficiala de justiça Mireni Costa. Ela afirma que desde que surgiu a Lei Maria da Penha, em 2006, nunca houve um plantão que ela trabalhou que não houvesse o cumprimento de medidas protetivas.
“Na minha função, nós lidamos com violência doméstica todos os dias, de domingo a domingo. Então eu acho que esse é um tema caro para toda a sociedade, em especial para as vítimas. Decidimos fazer esse evento para dar um pontapé inicial e para dar visibilidade ao problema para além da vítima, porque a vítima sofre, mas para a sociedade ela não tem rosto, ela é um número. Então é dar visibilidade, mostrar que a violência contra a mulher existe, os índices são alarmantes, esse é um problema sério que não podemos de modo algum naturalizar. Qualquer medida, qualquer ato e qualquer movimento que tenha como objetivo conscientizar a sociedade é válido”, defende Mireni.

A fiscalização do cumprimento das medidas protetivas é realizada pela Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar. “Hoje no nosso município esse trabalho tem surtido bastante efeito. Temos feito prisões, acompanhamento dos agressores, encaminhamentos para setores sociais e fiscalização das medidas protetivas, além de fazermos a prevenção com palestras orientativas e termos uma sala de acolhimento a mulheres vítimas no nosso batalhão”, aponta a sargento Taysllan Pires, componente da patrulha.
De acordo com dados divulgados no evento, a Polícia Militar em Cáceres realizou mais de 400 visitas a lares de vítimas de violência doméstica e familiar este ano e acompanhou diretamente 37 homens agressores.

“Desde que cheguei em Cáceres, no meu modo de ver, essa foi a união mais importante que houve. Estamos percebendo que há pessoas, instituições, órgãos e poderes que estão dedicados à causa. Em Cáceres, hoje, nós temos uma rede de enfrentamento à violência contra a mulher que é muito importante para que as mulheres possam se sentir encorajadas a denunciar e confiantes de que, se isso ocorrer, elas podem conseguir a proteção que merecem”, enfatiza o defensor.

#Paratodosverem
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Primeira imagem:Primeira imagem: foto horizontal colorida dos participantes do ato, todos enfileirados, alguns agachados e outros em pé, diante da Catedral de São Luís de Cáceres.
Segunda imagem: foto horizontal colorida da juíza Helícia sentada em seu gabinete exibindo folders da campanha. Ela veste camisa branca, tem cabelos longos com mechas loiras.
Terceira imagem: foto vertical colorida da servidora Mireni concedendo entrevista para a TV.JUS. Ela fala diante do microfone, veste camiseta branca, usa óculos e tem cabelos loiros encaracolados.
Quarta imagem: foto vertical colorida da delegada Paula concedendo entrevista para a TV.JUS. Ela fala diante do microfone, veste camiseta branca, tem cabelos lisos castanhos com mechas acobreadas.
Quinta imagem: foto horizontal colorida do defensor Paulo falando para o público do evento na praça. Ele está em pé, fala ao microfone, veste camiseta branca e está ao lado dos servidores da Defensoria Pública.
Sexta imagem: foto horizontal colorida de meninas recebendo panfletos da campanha de combate à violência contra a mulher das mãos de policiais militares que fazem parte da Patrulha Maria da Penha.
Mylena Petrucelli/Fotos: Alair Ribeiro
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Fonte: Tribunal de Justiça de MT