PREFEITURA DE CUIABÁ / ELIANA BESS
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A Secretaria Municipal de Saúde, através da área técnica da Atenção Primária, realiza diversas ações educativas de conscientização sobre a hanseníase junto à população. São iniciativas voltadas para detectar casos novos, que incluem também exames de contato em hanseníase e busca ativa dos contatos intradomiciliares e comunidade, e outras medidas, que compreendem a Campanha Janeiro Roxo. Elas culminarão com o Dia Mundial de Combate e Prevenção à Hanseníase a ser comemorado no último domingo deste mês.
Em média, 300 novos casos de hanseníase são diagnosticados por ano em Cuiabá, no entanto, com a pandemia da Covid os diagnósticos ficaram prejudicados.
“As Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão intensificando as orientações e prestando esclarecimento neste mês, mas o serviço é ofertado durante o ano todo, gratuitamente, em todas as unidades. As demandas diagnosticadas recebem acompanhamento e tratamento”, explicou a responsável técnica do Programa de Hanseníase da SMS, Dárlen da Silva Souza.
Os profissionais que atuam são capacitados ao longo dos anos, de forma presencial e online. Dentro da programação do Janeiro Roxo, eles irão enfatizar o conceito sobre hanseníase para família e comunidade quanto ao reconhecimento dos sinais e sintomas da hanseníase. E orientar sobre a necessidade de procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) caso seja verificado qualquer anormalidade nesse contexto. Também está previsto orientações aos usuários nas salas de espera, através de palestras, com apoio de fotos e imagens referentes aos sinais e sintomas da doença.
A busca ativa por novos casos incluem familiares, comunidade, vizinhos que tiveram contato com pessoa portadora de hanseníase para que sejam avaliadas por um médico clínico.
A hanseníase é uma doença infecciosa transmitida através das vias aéreas, principalmente quando há contato prolongado com paciente sem tratamento. Após o contágio, a pessoa pode demorar de 2 a 10 anos para demonstrar os primeiros sintomas, que são principalmente manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, dormentes e sem sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, que não coçam e não incomodam. Além da pele, principal afetada, a doença pode atingir também os olhos, os nervos periféricos.
Quando afeta os nervos, a hanseníase pode diminuir a sensibilidade ou causar formigamento das extremidades das mãos, pés ou nos olhos. Perda de força muscular, até mesmo nas pálpebras, também pode acontecer, reabsorção óssea e outros.
“Infelizmente ainda há um grande estigma da hanseníase na sociedade, causando isolamento dos pacientes por parte de outras pessoas, devido às deformidades aparentes, consequência tardia do acometimento da pele e dos nervos”, lembrou a responsável técnica.
A doença tem cura e o tratamento é gratuito e disponibilizado em todo o território nacional pelo Sistema Único de Saúde. Após iniciar o tratamento, a hanseníase já não é mais transmitida. Ao notar algum sintoma suspeito da doença, é preciso procurar uma unidade de saúde.