METRÓPOLES
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Ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos) manifestou-se, neste domingo (22/1), sobre a situação do povo Yanomami. A parlamentar começou a ser cobrada nas mídias sociais diante da revelação da grave situação de saúde vivida pelos indígenas em Roraima.
Damares se manifestou pelas mídias sociais dizendo que acompanhou “com dor e a tristeza as imagens divulgadas sobre os Yanomami”. “Minha luta pelos direitos e pela dignidade dos povos indígenas é o trabalho de uma vida”, acrescentou a ex-ministra.
A senadora afirmou que o ministério chefiado por ela nos últimos quatro anos “esteve in loco inúmeras vezes para levantar informações” sobre os Yanomamis.
“No auge da pandemia, distribuímos cestas básicas. Enviamos ofícios aos órgãos responsáveis para solicitar atuação e recebemos relatórios das equipes técnicas, as quais informaram as providências tomadas”, escreveu.
Damares comentou, ainda, que a desnutrição entre crianças indígenas é um “dilema histórico”, agravado pelo “isolamento imposto pela pandemia”.
Denúncia ao MPF
A bancada do PT na Câmara dos Deputados apresentou, neste domingo, uma representação criminal ao Ministério Público Federal (MPF) contra a ex-ministra e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com acusação de genocídio praticado contra o povo Yanomami.
A peça defende que sejam incluídos, em eventual investigação, os presidentes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) que ocuparam o cargo entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022.
Os petistas alegam que o governo Bolsonaro atuou de maneira omissa no tratamento da crise humanitária e que teria contribuído para a contaminação de rios com mercúrio.
Os Yanomami apontam a contaminação das águas e a ação ilegal de garimpeiros no território indígena como os motivos centrais que levaram à degradação da saúde dos indígenas.