DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Com leve recuo, de 0,07%, o indicador da cesta básica em Cuiabá, na quarta semana de janeiro, mostrou estabilidade no preço, chegando a custar R$ 800,12, em média. A variação nominal sobre a semana anterior, de -R$ 0,56, é resultado da queda no preço em pouco mais da metade dos itens que compõem a cesta (54%).
Os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) revelam que a manutenção no valor médio da cesta básica faz com que as variações futuras sejam menos voláteis, o que não é considerado positivo para o consumo, diante do elevado custo dos produtos.
O açúcar, que apresentou uma das maiores elevações no preço na semana (5,43%), custando em média R$ 3,90/kg, teve relação com a produção de biocombustível, o que pode ter interferido no crescimento do preço diante da modificação em sua oferta, além das tendências de preços internacionais, o que pode impactar no mercado internamente.
Já a batata é o item que apresentou maior recuo na semana atual, de -10,24%, o que faz com que o seu preço médio por quilo passe de R$ 7,51/kg para R$ 6,74/kg, resultado de uma menor quantidade de chuvas nas regiões produtoras, possibilitando uma maior colheita e, consequentemente, maior disponibilidade do tubérculo.
No entanto, o diretor de Pesquisa do IPF-MT e superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, destacou o valor elevado de alguns itens que possuem forte influência dentro da cesta básica. “Alguns itens, como o tomate e a banana, que estão com preços elevados, são fortes influenciadores no custo da cesta pelo peso que representam”.
A banana, por exemplo, que também apresentou alta de 2,36%, fez com que o preço médio chegasse a R$ 10,76/kg na quarta semana de janeiro, maior preço médio já apurado pelo IPF-MT e bem superior ao encontrado no início da série histórica, em março de 2022, quando tinha valor médio de R$ 6,26/kg.
Já no caso do café, que registrou alta de 4,02%, as chuvas nas regiões produtoras também podem ter impactado a sua produção e negociação, que, por fim, tende a diminuir a disponibilidade do produto, além da preocupação com a demanda que impacta no consumo local.
Igor Cunha alertou que a estabilidade registrada na semana pode mudar, a depender, principalmente, dos fatores climáticos. “Infelizmente, esta estabilidade ocorre em momento de alta no custo da cesta básica, porém, isso pode mudar se o fator climático contribuir nas áreas de produção nos próximos meses”.