DA REDAÇÃO/MAK LUCIA
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O dono da distribuidora de bebidas Toda Hora, localizada na Avenida Beira Rio, em Cuiabá, é um dos alvos da Operação Kuron, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 15 de fevereiro, em Cuiabá. A operação investiga uma organização criminosa especializada em roubar caminhonetes Hilux em Mato Grosso.
Conforme o delegado responsável pela operação, Edson Arthur Teixeira Peixoto, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), o empresário é um dos quatro suspeitos presos nesta quarta-feira. Um quito suspeito está foragido.
O delegado disse ainda que o empresário foi preso em 2021, com cerca de 15 quilos de drogas.
“Nesse local, o alvo foi preso ano retrasado, em 2021, com 15 kg de drogas, desde aquela época ele era registrado como o dono da distribuidora e até o momento ainda consta ele como proprietário, então foi feito uma busca lá”, disse o delegado ao falar sobre as buscas na distribuidora nessa manhã.
Durante a coletiva, o delegado disse que o inquérito foi instaurado após identificar o mesmo modus operandi da quadrilha em quase 140 roubos registrados entre 2022 e início de 2023.
“Desse montante de 80 caminhonetes que foram subtraídas, praticamente 15 ocorrências podem estar relacionadas a esse grupo específico. Avaliamos hipóteses, e há hipóteses de que outros grupos também estejam envolvidos. Vamos continuar investigando”, disse o delegado Gustavo Garcia Francisco, que também investiga os crimes.
Modus Operandi
Conforme o delegado Edson Peixoto, os criminosos agiam predominantemente no período noturno e tinham como alvos veículos Hilux e SW₄, que tem um valor razoavelmente alto e que ficavam estacionados na rua, principalmente nos bairros: Jardim Cuiabá, Santa Rosa e Quilombo, que ficam na região central da capital.
“Eram furtos. Não havia emprego de violência ou ameaça. Eles tinham o dispositivo para abrir e ligar o veículo, por clonagens de aparelhos. Normalmente esse veículo, como ele tem um valor alto, vai circular em bairros de poder aquisitivo mais alto”, disse o delegado.
Após os furtos os veículos eram escondidos e em seguida levados para a região de fronteira e usadas para o tráfico de drogas.
“A maioria deles foram apreendidos na fronteira, Porto Esperidião, Vila Bela e Pontes e Lacerda. A gente viu que tinha uma dinâmica inclusive de troca de placa e adulteração de veículo para não serem pegos por câmeras”.
Todos os presos possuem passagens por outros crimes.