DA REDAÇÃO/ MAK LUCIA
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurado para investigar possíveis abusos durante o período em que o Gabinete de Intervenção esteve a frente da Secretária Municipal de Saúde, ouviu nesta quarta-feira, 1º de março, funcionários da Prefeitura.
Foram ouvidos, Ellaine Cristina Ferreira Mendes (Secretaria Municipal de Gestão) e Rodrigo Matos Medeiros, diretor de Tecnologia da Informação da SMG; Hellen Ferreira de Jesus (Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência) e Mariana Cristina Ribeiro dos Santos (Controladoria-Geral do Município).
Durante as oitivas, todos os servidores alegaram que em momento algum foram coagidos, ou intimidados pelo interventor, que todas as tratativas foram realizadas por meio de ofícios ou até mesmo por mensagens via aplicativo de mensagens WhatsApp. A reclamação de todos, foi embasado na mesma pontuação, na qual se tratava da falta de condições humanas para entregar o que o interventor pedia a curto prazo.
O diretor de TI, Rodrigo Matos, disse ser impossível cumprir os prazos enviados por ofício a tempo hábil, e diante disso o receio e a insegurança de sofrer alguma penalidade.
“Foi um receio mesmo, porque a gente que é do meio jurídico sabe que a pior coisa é descumprimento de prazos. E quando se estabelece um prazo de 30 minutos, o que vai acontecer depois se eu não cumprir esse prazo. Então a preocupação maior nesse sentido”, disse o diretor de TI.
A secretária da Controladoria Geral do Município (CGM), disse em seu depoimento que apesar de ter conversado com o interventor por meio de mensagem, não foi oficiada e se surpreendeu quando viu o nome do servidor da sua pasta no decreto de nomeação.
“A única coisa que nos foi solicitada até então, foi a requisição de um servidor. Essa foi a única interação que tivemos aos longos dos 6 dias. Quando me solicitou eu fiquei um pouco cismada como uma boa mineira, porque a única conversa foi feita pelo WhatsApp, por uma pessoa que se identificou apenas como Hugo, – OI AQUI É o HUGO- e eu não conheço, não tinha foto no WhatsApp, não sabia qual telefone dele, fiquei um pouco preocupada”, disse a secretária ao se referir a conversa com o interventor.
Esteve presente durante as oitivas os vereadores Demilson Nogueira (PP) Maísa Leão (Republicanos) MIchelly Alencar (UB). Para a próxima segunda-feira (6) estão previstas oitivas com o secretário de Ordem Pública Leovaldo Emanoel Sales da Silva, que não compareceu à Casa de Leis nesta quarta-feira e de outros 4 médicos, servidores efetivos da SMS.