DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), com referência ao mês de fevereiro, apresentou o terceiro recuo consecutivo na capital do estado, somando 116,5 pontos. O recuo foi de 2,2% sobre o mês anterior e já chega a 20,2% no comparativo com novembro, quando somava 146 pontos, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destaca a preocupação para os subíndices que monitoram as condições atuais da economia e do comércio, além do nível de investimentos das empresas. “Em períodos de incertezas político-sociais, a confiança empresarial tende a diminuir, além disso, fatores econômicos que restringem acesso ao crédito podem ter influência na pesquisa”.
Os subíndices que apresentaram queda estão as condições atuais do empresário do comércio (-5,75%) e investimento do empresário do comércio (-4,4%). Na contramão, o subíndice que mede a expectativa do empresário do comércio apresentou alta de 2,9% na variação mensal. Wenceslau Júnior explica que isso “pode vir a indicar crescimentos futuros, principalmente próximo de datas comemorativas”.
No entanto, no comparativo com o mês de fevereiro do ano passado, o subíndice está inferior em 21,9%, projetando uma retomada não tão acentuada para os próximos meses.
Conforme análise do IPF-MT, mesmo com o recuo desde o final de 2022, o índice geral se mostra acima dos 100 pontos, o que ainda mostra satisfação por parte dos empresários do comércio. Cuiabá se mostra superior no índice em relação ao nacional, que obteve 115,4 pontos, confirmando a conjuntura positiva para a região.
“Após o aumento na confiança do empresário do comércio na capital em 2021 e 2022, observa-se atualmente um recuo, o que ainda não significa uma situação de insatisfação dos comerciantes da capital. Indicadores específicos de Mato Grosso fazem com que a atividade comercial se mantenha em nível favorável à atual situação nacional”, conclui Wenceslau Júnior.