GAZETA DIGITAL / ALLAN MESQUISTA
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Defensora do direito da mulher, a advogada e palestrante Amanda Pires Costa foi denunciada por xingar e ameaçar de morte a servidora aposentada, Terezinha Conceição de Souza, 76, através das redes sociais, em Cuiabá.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Delitos Contra a Pessoa Idosa do município. As ameaças foram enviadas por meio do messeger do Facebook onde a assessora jurídica chama a idosa de “put*, desgraçada” e alerta dizendo “se prepare para o seu fim”.
As ofensas teriam sido encaminhadas após Pires se irritar com a cobrança de uma dívida de cheques, feita por seu ex-marido, o empresário Pedro Rangel Souza Fontes, que é neto da vítima. Os cheques foram cedidos à mãe da advogada.
“Seu filho mexeu com a pessoa errada, você vai morrer, se prepare para o seu fim, mecha com qualquer pessoa e não mecha com minha mãe. Família desgraçada, eu vou mandar matar seu filho. Eu quero você morta, morra sua desgraçada. Você vai morrer porque vou orar contra sua vida , sua satanás, diabólica…”, diz a advogada nas mensagens enviadas à idosa.
A denúncia foi registrada em um boletim de ocorrência contra a jurista em agosto de 2022, por meio do advogado da família, Marcio Arruda, e recebidas pelo portal nesta semana. A idosa que sofre de hipertensão acabou passando mal após receber as mensagens.
Em fevereiro deste ano, o juiz da 14ª da Vara Criminal de Cuiabá, Jurandir Florêncio de Castilho Júnio, concedeu medidas protetivas à aposentada, proibindo Amanda de se aproximar ou manter qualquer tipo de contato com a vítima ou familiares.
Nas redes sociais, advogada se apresenta como militante da defesa da mulher e chegou a participar da campanha “Supere-se”, da ex-candidata derrotada à deputada federal Sirlei Theis (Republicanos), levantando bandeiras de combate à violência, nas eleições de 2022.
Procurado pela reportagem, Rangel afirmou que ambos foram casados durantes 3 anos e que a advogada não aceita o fim do casamento dos dois e nem da sociedade que ambos mantinham em uma empresa na Capital.
“A relação foi encerrada em 2020 e de lá pra cá eu não tive paz com acusações mentirosas e ações judiciais. Isso acabou afetando minha avó, que considero como mãe. Ela é uma pessoa idosa, tem problemas de saúde e sofre muito com isso”, disparou.
Segundo ele, a jurista já tentou o reconhecimento da união estável anterior ao casamento de 2015 a 2017 para conseguir o pró-labore do empreendimento que o casal mantinha juntos. O pedido, contudo, foi negado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (ALMT) no dia 9 de março.
“É triste que tudo tenha acontecido assim. Eu só quero poder trabalhar em paz e seguir com minha vida ao lado da minha família, longe de ameaças e perseguição. Desejo que ela faça o mesmo”, finalizou.
Outro lado
A advogada afirmou que não vai se pronunciar no momento. Ela afirmou também que qualquer manifestação será feita perante a Justiça e não através da imprensa.