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VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

Desde 2002, Brasil sofreu 23 ataques em escolas, diz estudo da Unicamp

MOVE_MT 2 Por meio de edital público, MOVE_MT 2 vai selecionar até 20 iniciativas de negócios criativos, de inovação e de impacto sociocultural para participar do ciclo de aceleração. Com seis meses de duração, a jornada oferece cerca de 1.700 horas de capacitação e mentorias em gestão, inovação, impacto social, criatividade e comunicação com o objetivo de criar negócios rentáveis e sustentáveis. Ao final do ciclo, as cinco iniciativas mais bem avaliadas receberão prêmios no valor total de cerca de R$ 350 mil e poderão realizar um intercâmbio no Lab Oi Futuro, no Rio de Janeiro, em que farão uma imersão no ecossistema da economia criativa da cidade. As inscrições para o novo ciclo de aceleração estão abertas até o dia 2 de maio, nos sites do instituto Oi Futuro (www.oifuturo.org.br) e da Secel (www.secel.mt.gov.br). Podem se inscrever empreendedores da economia criativa de Mato Grosso, incluindo setores tradicionais e emergentes, como artesanato, audiovisual, música, moda, gastronomia e design. Durante o lançamento da segunda edição do Programa, a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) apresentou também o Observatório da Cultura, uma plataforma de gestão e compartilhamento de informações sobre os impactos das atividades culturais na economia do Estado. Fernando Frazão/Agência Brasil

Desde 2002, o Brasil já registrou 23 ataques em escolas, de acordo com levantamento de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Após ataque mais recente ocorrido nesta segunda na escola da Vila Sônia, na capital paulista, o governador de São Paulo anunciou a presença mais ostensiva de policiais militares dentro das instituições de ensino. No entanto, para o secretário Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente, Ariel de Castro Alves, medidas como essas não ajudam a resolver o problema

“Nós precisamos ver com certa cautela esse tipo de medida, assim como ter detectores de metais em todas as escolas. A educação não pode estar vinculada à repressão. Então, é necessário tratar com certa cautela essas situações para que a gente não tenha também abusos e maiores violências, inclusive casos que possam ser de violência policial. O que precisamos é de medidas para investigar essas situações logo que elas acontecem”, disse o secretário.

O ataque ocorrido segue um mesmo padrão dos anteriores levantados pelo estudo da Unicamp, de meninos ou homens, quase sempre brancos, atraídos por discursos de ódio e racismo dentro de grupos da internet, conforme explicou Cleo Garcia, mestranda em educação na Unicamp e especialista em justiça restaurativa.

“Discurso de ódio, misoginia principalmente, talvez baseada em baixa auto estima, em ter sido rejeitados por meninas, mas todos eles tem um discurso muito forte contra meninas. Outra coisa é essa questão de frequentarem esses chats que a gente considera que fazem especificamente discursos de ódio voltados para esse público, e fazem uma cooptação e engajamento desse adolescentes”, defende a mestranda.

Dessa forma, Ariel de Castro Alves falou da necessidade de haver nos currículos escolares conteúdo a respeito de cultura de paz e direitos humanos para prevenir as situações de violência dentro das escolas. Cleo Garcia por sua vez, trouxe reflexão a partir do caso de violência ocorrido nessa segunda-feira, de qual deve ser o caminho trilhado pela sociedade.

“Eu sei que as pessoas olham muito para essas questões sobre se parece que vai haver uma impunidade, o adolescente vai sair em três anos, mas precisamos pensar o que a gente quer para o adolescente que foi internado, ou sabemos que ele vai sair e a gente vai ter que ressocializar. A gente quer vingança ou uma justiça que traga uma transformação dessa pessoa?”, questionou.

Um dos caminhos propostos para a resolução de conflitos dentro das escolas é a Justiça Restaurativa, a de resolução dos conflitos sem, necessariamente, envolver punição e com o foco voltado a reparar danos às vítimas.

Desde 2010, o estado de São Paulo regulou a figura do professor mediador nas escolas estaduais, no entanto, Cleo Garcia avalia que não é o suficiente, sendo necessário o envolvimento de todos da comunidade escolar, alunos, professores e pais para que os conflitos sejam resolvidos dentro da lógica da justiça restaurativa.

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