DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Com retração de 8,1% em março sobre o mês anterior, o Índice de Confiança do Empresário no Comércio (Icec) chegou a 107,1 pontos, contra os 116,5 pontos apurados no mês anterior. O levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) mostra que o índice segue tendência de queda desde dezembro de 2022, uma diminuição de -26,6% no período, quando chegou a somar 146 pontos.
Segundo análise do IPF-MT, a retração no componente que monitora as condições atuais da economia e do setor evidencia uma insatisfação por parte dos comerciantes com o cenário econômico no país. O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, destaca que “em março do ano passado, os componentes se encontravam em nível de satisfação, agora alguns subíndices voltaram a ficar abaixo dos 100 pontos, deixando-os pessimistas com a economia e, consequentemente, com o desenvolvimento do setor”.
Outro destaque do Instituto de Pesquisa da Fecomércio Mato Grosso é com relação ao encarecimento de produtos no comércio local, o que ocasiona uma diminuição do consumo no geral e, ainda, a retração do investimento por parte dos proprietários das empresas.
Como pode ser observado no componente que avalia o investimento do empresário do comércio na capital, que saiu de 126,3 pontos em março do ano passado e, agora, computa 98,7 pontos, uma retração de -21,9% no período, o que o coloca também em nível de pessimismo.
Todos os subíndices da pesquisa apresentaram recuo mensal, sendo as mais bruscas, as Condições Atuais da Economia (-23,9%) e do Comércio (-16,5%), o Nível de Investimento das Empresas (-11,1%) e a Situação Atual dos Estoques (-9%), além dos subíndices que avaliam a Expectativas do Comércio (-3,2%) e da Economia (-2,8%).
“A incerteza na adoção de novas políticas fiscais no governo atual pode ter contribuído para a retração observada na pesquisa, assim como a permanência da taxa de juros (Selic) em patamar elevado”, afirma o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior.