DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Em Mato Grosso, somente nos três primeiros meses de 2023, foram registrados oito casos de meningite e uma morte em decorrência da doença. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) ainda revelam que em 2022 foram registrados 88 casos e 13 mortes.
Diante desses números, especialistas fazem alerta sobre a doença. Esta época do ano, em que as chuvas são registradas em maior volume, é mais propícia à disseminação das meningites, pois a infecção bacteriana é mais comum no outono-inverno, enquanto as virais na primavera-verão.
“A principal causa é a infecção viral, seguido por infecção bacteriana. A meningite viral tem um comportamento mais leve e transitório, sem deixar sequelas. Já as bacterianas são mais agressivas, inclusive, algumas podem ser transmitidas por via respiratória”, explica o infectologista Luciano Corrêa.
As causas mais raras da doença são por fungos e tuberculose, sendo o principal mecanismo de prevenção a vacina e o isolamento dos pacientes que apresentam a forma contagiosa. Os sintomas de uma pessoa infectada são cefaleia, vômitos, rigidez de nuca e alteração do nível de consciência, podendo chegar ao coma.
“A principal variável para evitar sequelas está relacionada à precocidade em procurar o médico no caso do aparecimento dos sintomas. Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores as chances de que a pessoa afetada consiga evitar danos permanentes”, informa Luciano Corrêa.
O infectologista também declara que o tratamento da meningite deve ser feito sempre de forma hospitalizada. “É importante evitar a automedicação com antibióticos para não agravar o caso. Um médico é a pessoa ideal para avaliar a situação e instruir o melhor tratamento”, pontua.
A meningite pode ser ocasionada por vários tipos de vírus ou bactérias. Os casos da doença são esperados ao longo de todo ano, no entanto, as metas até 2030 são eliminar epidemias de meningite bacteriana e reduzir as mortes em 70%, segundo aponta a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A meningite é a inflamação que envolve as três membranas que são a do sistema nervoso central, do cérebro que protege o encéfalo e da medula espinhal. A doença pode acontecer por vários fatores, mas a principal é por infecção.