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O material é doado aos agricultores familiares para ser utilizado como adubo orgânico e cobertura vegetal.
No período da seca, entre abril e agosto, a companhia realiza a manutenção das árvores perto dos fios para evitar acidentes. A iniciativa de doar o material diminui o descarte e promove práticas sustentáveis.
Antes da parceria, os resíduos eram eliminados. Agora os agricultores familiares de Alta Floresta recebem folhas, galhos e troncos triturados para utilizar em seus plantios.
A previsão é de ampliar a doação também para os municípios de Paranaíta, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes.
A diversidade das plantas podadas torna o material nutritivo e, ao ser espalhado pela terra, ele protege o solo do impacto das chuvas e do sol intenso.
A cobertura, devido ao seu peso, também dificulta o crescimento de plantas invasoras.
Segundo o técnico Luan Cândido da Silva, da cadeia de hortifrutigranjeiros do ICV (Instituto Centro de Vida), a parceria ajuda a reduzir custos dos produtores com insumos, como o adubo por exemplo, e permite que a empresa promova ações sustentáveis para a empresa.
“Estamos dando destino correto e sustentável para os resíduos da poda”, disse ele.
Marcely Oliveira, da Associação dos Produtores Orgânicos de Alta Floresta (Aspoaf), foi uma das primeiras produtoras a receber o material orgânico. Ela avalia como “excelente” o material.
“É ótimo para a época da seca, pois ele mantém a umidade do solo e consequentemente gastamos menos água e energia. É uma economia gigante e a planta fica mais bonita e cresce mais rápido”.
A Energisa faz a poda das árvores nas cidades e doa o material triturado para que o projeto – realizado pelo ICV com apoio do Fundo Amazônia – faça a distribuição para os agricultores interessados.
“O material é encaminhado para eles e é bom porque não tem desperdício. Essa é uma ação sustentável da empresa”, explicou o supervisor de equipe da Energisa, Lexei Calçada.
A poda é realizada anualmente. A partir do primeiro corte, já foram doadas 20 cargas ou 80 toneladas de galhos, folhas e troncos.
“Essa é uma parceria muito boa, porque mais empresas podem pensar em fazer iniciativas assim, aproveitando o que antes eles desperdiçavam. Um ajuda o outro e são criadas soluções sustentáveis”, argumenta Marcely.
Este texto foi originalmente publicado pela ICV de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.