As trocas no segundo tempo não surtiram efeito para o Cruzeiro, enquanto que melhoraram o Náutico no último terço do segundo tempo. A equação – somada à parcela de que, quando teve volume ofensivo, criou chances para marcar gols, mas não aproveitou – custaram uma derrota à Raposa.
O 1 a 0, pelo contexto geral, não é a reflexão mais cristalina do que foi o jogo, mas futebol é eficiência, e o Náutico teve mais, mesmo criando bem menos chances. Com um time mais rápido e aproveitando uma desorganização do Cruzeiro na saída de bola com as mexidas, o time pernambucano cresceu no jogo e conseguiu o gol em lance de bola parada.
A realidade seria diferente se o Cruzeiro aproveitasse as chances do primeiro tempo. Vital, Gilberto e Bruno Rodrigues tiveram oportunidades claras para marcar. No segundo tempo, nos primeiros 15 minutos, ainda houve produção para balançar as redes, mas a conclusão da jogada, com o último passe, e as finalizações não foram adequadas.
Apesar da derrota, o Cruzeiro trouxe já alguns pontos do trabalho de Pepa. Uma saída com o primeiro volante afundado (Richard, e depois Machado), a exploração das jogadas pelas pontas, com alas fixos (Bruno Rodrigues e Wesley) e mais liberdade para o meia, no caso Mateus Vital.
O desempenho, de modo geral, foi bom, em termos de volume de jogo, mas é preciso melhorar na finalização. Atenção para o início do Campeonato Brasileiro em um desafio com sarrafo maior e que penaliza quem é irregular e não aproveita quando a chance aparece.