GSHOW
[email protected]
Muito antes do k-pop e as bandas sul-coreanas despertarem paixões entre os jovens, o LS Jack conquistou corações. Formado em 1997, por colegas do curso de Música de uma universidade carioca, eles passaram a ser conhecidos nacionalmente no início dos anos 2000, quando o conjunto musical se tornou fixo do “Planeta Xuxa”, o que evidentemente aumentou o assédio dos fãs.
“Sempre lidamos com isso de forma tranquila. Íamos lá levar nosso som e a galera se identificou”, conta em entrevista ao gshow Marcus Menna, ex-vocalista da banda que emplacou “Carla”, canção que mais de 20 anos depois do lançamento ainda faz muita gente cantar a plenos pulmões🎶🤩.
“É parte importante da nossa vida. Não só eu, mas todos os artistas sempre procuram encontrar um hit e foi assim com a história do LS Jack também”, recorda, falando pausadamente, o brasiliense de 46 anos, que convive com as sequelas neurológicas deixadas por uma lipoaspiração malsucedida.
Menna ficou cerca de 20 minutos sem oxigenação cerebral após uma parada cardiorrespiratória durante a cirurgia, que o levou ao coma por dois meses. Isso aconteceu em julho de 2004, quando estava finalizando junto ao LS Jack o álbum “Jardim das Cores”.
“Não lembro de nada que vivi durante o coma”, revela o músico. “Senti muita revolta também, mas os percalços fazem parte da vida”. Na ocasião, foi divulgado que ele poderia ficar em estado vegetativo, algo que, felizmente, não se concretizou.
Contando com uma equipe multidisciplinar, com fisioterapeuta e fonoaudiólogo, o artista se recuperou e, está prestes a viajar pelo Brasil com a turnê “Tudo de Novo”, na qual comemora 30 anos de carreira, misturando sucessos e também músicas inéditas no repertório.
“Acho que minha voz sai com mais facilidade quando canto. Para mim, é mais fácil cantar do que falar. Não sei explicar exatamente o que é, mas é assim”, pontua ele. Apesar do ser humano ter um cérebro volumoso, apenas uma pequena parte dele é usada para atividades motoras, como explica Pedro Melo Barbosa, neurologista do Grupo Fleury.
“O canto depende muito da fala, mas uma lesão na fala não necessariamente implica que a pessoa perderá a capacidade de cantar e vice-versa”, pondera o médico. Para o cantor, a vida dele “dentro do possível, está maravilhosa”.
Pai de Guilherme, Luana e Mariah, que têm 23, 19 e 14 anos, respectivamente, e casado com Renata Menna há seis anos, o músico sonha em viajar pelo mundo e também que a turnê seja um sucesso, claro. “Sempre tenho um olho na frente pensando até onde posso ir, mas sou de viver o agora acima de tudo” 🌟👑.