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AGRESSÃO

Agredida por surfista brasileiro em Bali, americana volta aos EUA sem que ele fosse preso

Reprodução

Duas semanas se passaram desde que a surfista Sara Taylor foi agredida por um brasileiro por causa de uma onda em Bali, na Indonésia. O caso ganhou destaque internacional após um vídeo feito pela cinegrafista de Sara viralizar nas redes sociais. Mesmo após a americana ter ido até a delegacia e ter registrado um boletim de ocorrência e mostrado todos os vídeos, a americana contou com exclusividade ao g1 que os envolvidos no caso ainda não foram presos.

A equipe do g1 tentou contato com surfista capixaba JP Azevedo, acusado de agredir a americana enquanto pegavam uma onda e também na areia da praia, mas não teve nenhum retorno até a última atualização desta reportagem.

Sara explicou que teve que entrar em contato com a embaixada dos Estados Unidos para pedir ajuda e acabou descobrindo que a queixa realizada um dia após a agressão não foi oficialmente registrada pela polícia de Bali.

– Nós tentamos fazer o registro de ocorrência no dia depois do ataque. Passamos cerca de 6 horas em duas delegacias e descobrimos que eles nunca registraram de fato o boletim oficialmente. Então, na segunda, nós fomos em uma outra delegacia com um advogado e um tradutor e assim conseguimos fazer o registro – contou a americana.

A surfista americana contou que teve muita dificuldade na delegacia, e que tanto o capixaba JP Azevedo, quanto o outro brasileiro Adriano Portela, ainda não foram presos.

– Nós demos para eles todas as informações, endereços, números, tudo que nós temos. Não sabemos qual vai ser o próximo passo, tudo foi muito confuso. Não sei o que eles vão fazer, mas espero só conseguir alguma justiça. Tem sido um processo muito lento e confuso, mesmo com todas as evidências – disse Sara.

A americana desabafou ainda dizendo que ficou sem entender por que nada foi feito.

– Eu não pensei que seria assim tão complicado com todas as provas que nós temos. Isso me deixa muito chateada, e é um pouco chocante que esse caras perigosos continuam por aí e nada aconteceu com eles ainda. Pareceu como se nada tivesse acontecido. Eu estou saindo de Bali sem respostas – disse.

Sara disse que existe a possibilidade de que ela tenha que voltar a Bali para falar com a polícia novamente sobre o caso.

– Não faz nenhum sentido pra mim, mas se é isso que eu preciso fazer para ter justiça, então eu farei. Eu estou chocada de que é isso que tenha que acontecer. Eu vou continuar acompanhando, porque se não, eu tenho medo de que nada aconteça. O advogado disse algo sobre eles falarem com JP e tentar chegar em algum acordo entre nós dois. Mas eu não quero isso, eu não quero vê-lo nunca mais – disse.

A americana disse ainda que vai buscar mais ajuda judicial dos Estados Unidos para dar seguimento ao caso.

– Eu não tenho nenhuma explicação sobre o que pode acontecer com eles e como é a lei em Bali. Mas eu acho que vou tentar uma ajuda legal extra. E vou continuar acompanhando tudo mesmo de longe – contou a surfista.

Sara chegou em Bali no dia primeiro de abril e passou dezenove dias surfando na Indonésia. Nesta quarta-feira (19), ela voltou para os Estados Unidos, e reforçou que não vai desistir até conseguir justiça.

– É muito estranho, estou tentando ficar confiante de que algo vai acontecer, tentando transformar em uma experiência positiva, e tentando ficar esperançosa. Mas é muito triste o que aconteceu e que até agora nenhuma justiça foi feita. Mas eu vou continuar buscando a justiça, e eu não vou desistir disso. Nós mulheres precisamos dar suporte umas às outras – finalizou a americana.

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