DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Interrompendo uma sequência de duas semanas de altas consecutivas, o valor da cesta básica cobrado em Cuiabá voltou a apresentar leve queda de 0,08% e encerrou o mês de abril custando R$ 763,94.
Os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) mostram, ainda, que o valor atual está 7,17% maior do que o apurado no mesmo período do ano passado, quando a cesta custava R$ 712,80.
O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, esclarece que a elevação no custo da cesta básica pode ser um indicativo do impacto da inflação nos preços dos produtos. “Em todas as semanas, observamos que o mantimento sempre permaneceu em preço acima do averiguado no ano passado, com uma maior diferença nominal observada de R$ 83,57 registrada na segunda semana de março de 2023 sobre a mesma semana do ano passado”.
Nesta semana, oito dos 13 itens apresentaram diminuição no preço. Já os itens que registraram maiores variações foram o leite, o arroz e, novamente, o tomate, que cresceu em 2,23% o seu preço e continua em alta pela terceira semana seguida. Segundo análise do IPF-MT, a oferta do fruto tem se mostrado reduzido nos mercados.
O leite foi o item que mais apresentou variação na semana, de 3,03%, em razão de fatores climáticos. Os produtores de leite perderam o potencial produtivo, de modo a limitar a oferta do produto, impactando o preço final. Além disso, o encarecimento dos custos de produção é observado no longo prazo para a cadeia, o que impacta também seus derivados.
Já o arroz registrou queda de -3,56%, o que pode estar atrelada ao início da colheita nos países do Mercosul, o que gera maior disponibilidade do grão no mercado nacional. O item vem de quatro semanas de alta em seu preço.
“A menor oscilação da cesta, observadas nas últimas duas semanas, indica um período de estabilização em seu valor em Cuiabá. Esse fator é importante para o consumo e as observações dos preços na capital, já que a alimentação é um gasto fundamental e gera impactos em várias áreas econômicas”, conclui o superintendente da Federação.