A destruição da Floresta Amazônica nos quatro primeiros meses deste ano em Mato Grosso equivale a 40 mil campos de futebol, de acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados nesta quarta-feira (17). A quantidade desmatada nesse período corresponde a 33% da área total.
Ao todo, foram 400 km² desmatados de abril a janeiro, conforme o Imazon. Na região que engloba a Floresta Amazônica, o desmatamento apresentou uma queda de 36% no primeiro quadrimestre deste ano.
Contudo, o Imazon ressaltou que essa redução não foi suficiente para tirar este ano do pódio das maiores áreas desmatadas de janeiro a abril em 16 anos.
Em abril, o estado teve 72 km² de floresta derrubada que avançou por diferentes pontos da região norte. O município que mais desmatou foi Peixoto de Azevedo, com 15 km², o que corresponde a 21% de toda a destruição registrada no estado.
Segundo o Imazon, a devastação avança em áreas protegidas, como as unidades de conservação Resex Guariba-Roosevelt e Esec do Rio Roosevelt, e as Terras Tndígenas Sete de Setembro, Sararé e Kayabi.
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) informou que o estado teve 51% de supressão vegetal com autorização ambiental no primeiro trimestre, de acordo com a legislação brasileira.
Ainda de acordo com a Sema, a queda de 71% nos alertas de desmatamento em abril foi divulgada oficialmente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por meio do projeto Deter — um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia que subsidia as ações fiscalizatórias.