DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Após o anúncio por parte da empresa Nova Rota Oeste de que as obras de duplicação da Rodovia dos Imigrantes não constam no planejamento de melhorias a serem executadas na BR-163, especificamente no trecho que passa entre a capital e Várzea Grande, sob a alegação do aguardo de autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o prefeito da capital, Emanuel Pinheiro saiu em defesa das benfeitorias.
Segundo o chefe do Executivo Municipal, deixar de lado a resolução deste gargalo seria um desrespeito à sociedade, tendo em vista que a via – no percurso entre a Grande Cuiabá, é considerada um dos principais corredores logísticos desenvolvimentistas do Estado.
“Essa rodovia foi um marco no crescimento da baixada cuiabana e de Mato Grosso. Ignorá-la neste momento, não só é uma injustiça com Cuiabá e Várzea Grande, como também uma possibilidade real de travar os avanços econômicos das regiões mato-grossenses”, disse.
Pinheiro pontuou que a construção de um Anel Viário em Várzea Grande, proposta inicial da concessionária, não seria a alternativa ideal, uma vez que sua gestão já propôs duas grandes benfeitorias para a localidade, sendo elas, um rodoanel que se encontra em fase de articulação e o Contorno Leste – maior via estruturante dos últimos 50 anos da cidade, já em fase avançada de concretização. Para ele, a duplicação da Imigrantes precisa ser decidida em conjunto, colocando à mesa todos os gestores interessados, aliada à apresentação de estudos técnicos de viabilidade estrutural e econômica.
“Vamos ter dois anéis viários nessa região, o rodoanel, que está caminhando a passos lentos, mas é uma realidade e o Contorno Leste, que terá a primeira etapa entregue pela nossa gestão. Esse terceiro anel viário não teria uma razão de ser, ou seja, merece mais diálogo e maior conhecimento desses estudos, discutindo com os prefeitos, população e os setores econômicos, conhecendo primeiramente, as reais intenções sobre a Rodovia dos Imigrantes”, completou.
O secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico (SMATED), Francisco Vuolo, cobrou medidas efetivas para solucionar o trânsito caótico da via. Segundo ele, a duplicação é a escolha ideal para facilitar os deslocamentos no perímetro e reduzir os altos índices de acidentes ali registrados. “Serão investidos mais de um bilhão, com previsão de mais financiamentos que serão feitos e Cuiabá e Várzea Grande estão fora do processo, onde se prevê apenas uma manutenção da via que vai na contramão do desenvolvimento, afogamento do circuito, desvio de rota, colocando as cidades à mercê do cenário futuro. É preciso conhecer a realidade da Imigrantes, visitar in loco a rodovia, ouvir os comerciantes, observar o grande fluxo de carretas, dar ouvidos às reclamações. É inconcebível o Governo do Estado assumir a obra e não colocar como prioridade a duplicação da Rodovia dos Imigrantes. Espero que esse erro seja corrigido e assim como será feito em Nova Mutum, seja em Cuiabá também”, declarou.
Mediante o cenário, a Prefeitura de Cuiabá articula, neste momento, juntamente com a bancada federal em Brasília e o apoio do deputado Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho, uma reunião com a ANTT para traçar os desdobramentos e elucidar os fatos, trazendo ao conhecimento público posteriormente.