O Santos tem negociado nos últimos meses com a Qatar Sports Investments (QSI), empresa de propriedade do governo do Catar que administra o Paris Saint-Germain. As conversas são para que o grupo invista no futebol do Peixe sem a necessidade de o clube se transformar em SAF.
Segundo apuração do ge, as discussões entre as partes já passaram do estágio inicial. A QSI, inclusive, solicitou ao presidente Andres Rueda o balanço financeiro do Santos para estudar as contas do clube.
Santos e QSI ainda discutem qual será o modelo do negócio. Atualmente, a Fifa proíbe que terceiros tenham participação em direitos econômicos de jogadores – ou seja, o QSI não poderia comprar um jogador e repassá-lo ao Peixe.
Sem dinheiro para fazer grandes investimentos no futebol, o Santos abriu as portas para as conversas com o fundo catari, mas, neste momento, não tem interesse em se transformar em SAF. Por isso, ainda há discussões sobre como seria feito o aporte ao clube.
A aproximação entre clube e empresa se deu por intermédio de Neymar pai. Recentemente, ele participou da negociação do clube com a Blaze, atual patrocinadora máster do clube.
Neymar também reatou as relações com o clube. Em abril, ele foi à Vila Belmiro assistir ao jogo contra o Audax Italiano, pela Copa Sul-Americana, e se declarou ao Peixe.
No mês passado, o jornal francês L’Équipe noticiou que a QSI tem interesse em comprar outros clubes pelo mundo, em caminho semelhante ao do Grupo City, controlador do Manchester City – no Brasil, a empresa controla o Bahia.
Em outubro de 2022, a QSI adquiriu 30% do Sporting Braga, time da primeira divisão de Portugal. Em nota divulgada pouco depois, o fundo negou ter qualquer controle sobre o clube e alegou que visa “apenas o crescimento sustentado do time, inclusive a consolidação do seu estatuto de candidato a todos os títulos do futebol português e de clube de Liga dos Campeões”.
Em contato com a reportagem do ge, o Santos negou as negociações. A Qatar Sports Investments ainda não respondeu aos questionamentos.