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CÂMARA DE CUIABÁ

Risco de morte era fato na Saúde de Cuiabá, afirma vereador ao apresentar documentos

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Da assessoria

O vereador Fellipe Corrêa comentou a fala do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sobre acionar a Justiça em reação aos apontamentos feitos pela interventora Daniele Carmona. Ela afirmou que ao menos 17 mil pessoas teriam morrido à espera de cirurgias eletivas em Cuiabá. De acordo com o vereador, o risco de mortes consta no processo que corre no Tribunal de Justiça (TJMT) onde aparecem documentos de profissionais da saúde alertando a gestão municipal sobre o quadro “caótico” que viviam.

“Prefeito Emanuel Pinheiro, cuidado com o que o senhor deseja. Eu entreguei os documentos aqui para todos vereadores, desde o dia 12 do ano de 2023. É um levantamento dos primeiros dias da intervenção. Isso aqui está nesse relatório que todos receberam. Foi lido pelo desembargador Orlando Perri no julgamento da intervenção”, afirmou o vereador.

Entre as informações que considerou mais impactantes estão a de servidores que pedem insumos básicos para o atendimento de demandas em UTI pediátrica. “Urgência da solicitação pelo risco, desenvolvimento de hipotermia e de representando perigo de morte”, diz trecho de um dos pedidos.

Outro aponta que o “estado é gravíssimo”, pois a medicação padronizada estaria em falta. Um informativo de 3 de dezembro 2021 da UTI Pediátrica alerta que a situação poderá “incorrer em risco à vida dos mesmos citados”.

“Agora o prefeito vem a público dizendo que tem que provar, eu vai processar. Mas eu pergunto: Quantas pessoas estavam na fila aguardando? As cirurgias aconteceram? E dessas pessoas, quantas nesse período vieram a óbito?”, questionou o parlamentar.

O vereador aproveitou ainda para apresentar na sessão desta quinta (25), um relatório de fiscalização de postos de saúde da Capital, já sob a intervenção e apontou que há demandas que precisam ser atendidas nas unidades. Tais como envio de mais insumos e medicamentos, realização de reformas, contratação de médicos e enfermeiros.

“A percepção da comunidade é de que a saúde melhorou. Há mais médicos, há medicamentos, mas há coisas para serem feitas, sim. Dentre as indicações que vão ser votados aqui neste plenário, há indicações de minha autoria para resolver problemas de unidades de saúde. E é isso que todos nós deveríamos fazer. É apontar os erros, cobrar. É assim que a gente ajuda o Executivo a prestar um serviço melhor, em especial na saúde”, finalizou.

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