MARA NASRALA

O Brasil registrou 1.616 óbitos com crianças e adolescentes entre 0 a 14 anos de idade por acidentes domésticos nos anos de 2020 e 2021. Os dados são do Ministério da Saúde e foram registrados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade Infantil.

Queimaduras, afogamentos, sufocamentos, intoxicações e quedas estão entre as principais causas que fazem os acidentes domésticos serem uma das principais causas de morte nesta faixa etária.

Assim sendo, a segurança dentro de casa é uma responsabilidade que deve ser levada a sério. Para evitar e reduzir estas estatísticas, é preciso seguir alguns pontos e fazer do lar um local mais seguro. Pontuo ao menos cinco coisas.

A primeira delas é a conscientização sobre os perigos. É fundamental que pais e responsáveis estejam cientes dos riscos presentes em um ambiente doméstico. Produtos de limpeza, objetos cortantes, escadas, tomadas elétricas desprotegidas e janelas destrancadas são apenas alguns exemplos dos perigos potenciais. A educação contínua sobre essas ameaças é essencial para evitar acidentes.

Em segundo lugar, a organização e armazenamento adequados. É preciso manter produtos químicos, medicamentos e objetos pontiagudos fora do alcance das crianças. Armários e gavetas com travas de segurança também são úteis para evitar o acesso indesejado a esses itens. Além disso, é importante garantir que móveis pesados, como estantes e televisões, sejam devidamente fixados para evitar quedas.

Como terceiro ponto, indico uma supervisão constante. É preciso estar atento sempre. Crianças pequenas devem ser monitoradas de perto em todos os momentos, especialmente em áreas potencialmente perigosas, como a cozinha e o banheiro. O estabelecimento de limites claros e a comunicação eficaz entre pais e filhos ajudam a promover um ambiente seguro.

Em quarto lugar citaria a adequação do ambiente. Adaptar o ambiente doméstico para torná-lo mais seguro é uma medida preventiva eficaz. O uso de protetores de tomada, grades de segurança nas escadas, redes de proteção em janelas e portões de segurança em áreas perigosas são exemplos de ações que podem reduzir os riscos de acidentes.

Em quinto, mas não menos importante lugar, falaria de primeiros socorros, conhecimento básico e até mesmo contratação de serviços de atendimento de saúde domiciliar. Todos os adultos que cuidam de crianças devem estar familiarizados com técnicas de primeiros socorros. Saber como agir em situações de emergência, como engasgamento, queda ou queimadura, pode ser crucial para evitar consequências graves.

No caso da contratação de serviços de atendimento de saúde domiciliar, hoje já existem opções acessíveis no mercado que fornecem tanto atendimento telefônico 24 horas, com equipe especializada, como presencial, o que faz com que estas pessoas evitem longas esperas em Pronto-Atendimentos e também recebam um atendimento exclusivo. Dentre alguns serviços, cito em Cuiabá e Várzea Grande o Help Já.

A prevenção de acidentes domésticos com crianças é um compromisso essencial para garantir a segurança dos pequenos em casa. Conscientização, organização, supervisão constante, adequação do ambiente e conhecimento básico de primeiros socorros são pilares fundamentais nessa missão. Ao implementar medidas preventivas e educar todos os envolvidos no cuidado das crianças, podemos reduzir significativamente a incidência de acidentes domésticos e proporcionar um ambiente mais seguro e saudável para elas crescerem e se desenvolverem. A segurança das crianças é responsabilidade de todos nós, e devemos trabalhar juntos para protegê-las.

*Mara Nasrala é Diretora Executiva da Help Vida.