REVISTA MONET/ MONET
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Pode parecer surreal que tenha sido organizado um Campeonato Europeu de Sexo, e mais absurda ainda a existência de uma Federação Sueca de Sexo (que não, não instituiu o sexo como esporte no país escandinavo), mas astros e estrelas do entretenimento adulto não só estão garantindo a veracidade das “instituições”, como as estão acusando de calote após viajarem até a cidade de Gotemburgo para disputarem um prêmio milionário em provas que envolviam a prática de sexo. De acordo com os próprios “atletas”, a experiência seria uma mistura do reality “Big Brother” com conteúdo OnlyFans. Tudo, é claro, com a premissa da disputa entre nações.
O controverso concurso, que teria duração de seis semanas, começou com muito alarde na última quinta-feira, quando 16 artistas de todo o continente europeu desembarcaram em um local secreto na cidade sueca, mas logo viram que a maior prova de resistência seria tirar algum proveito do ambicioso projeto. O conteúdo sensual tem cada vez mais atraído atenção de diversas estrelas de fora da indústria do entretenimento adulto por conta dos altos rendimentos que vem garantindo a seus influencers, casos de Bella Thorne, Cardi B, Iggy Azalea e Tyga. Mas elevar a atividade sensual ao patamar de esporte é coisa nova (e polêmica).
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“A situação saiu do controle. É um caos. Mais do que isso: virou um filme de terror”, disse a concorrente Selva Lapiedra. Como parte da competição, atores e atrizes eram obrigados a fazer sexo por pelo menos 45 minutos por dia, tendo analisados fatores como resistência, técnica e criatividade.
A organização do “torneio” prometia pagar diárias de R$ 4.245 para as atrizes e de R$ 2.122 para os atores, além de um prêmio final de R$ 5,2 milhões aos vencedores. Contudo, em um vídeo realizado em conjunto, vários concorrentes afirmaram terem abandonado o projeto, acusando o “manda-chuva” do evento Dragan Bratic e a Federação Sueca de Sexo de calote.
A atriz Lara Lee, que participaria das provas, desistiu de voar para a Suécia no último minuto após ficar sabendo das denúncias feitas pelos colegas.
“Fiquei sabendo que as pessoas estavam saindo devido a reclamações de que não estavam sendo pagas, então decidi cancelar. É triste porque foi uma ótima ideia, mas parece que foi tão mal organizado e acabou um pouco confuso”, lamentou.
A performer Talia Mint – que representava a Ucrânia no concurso de estilo olímpico – postou um vídeo de dentro de casa antes de sair da competição. “Todos nós queríamos que isso funcionasse. Ficamos muito entusiasmados com a oportunidade e por fazer parte deste projeto”, afirmou.
Talia inclusive compartilhou um vídeo em que Bratic – que é proprietário de um clube de strip-tease – tenta pegar o telefone dela. Além das denúncias de não pagamento, a atriz afirmou que um competidor foi autorizado a entrar na competição sem fazer o teste de HIV.
Nas imagens envolvendo o organizador do torneio, Talia diz: “Ele se recusa a me pagar pelo meu tempo e meu trabalho e agora que você tem todas as informações sobre este projeto, quero receber uma compensação”. Ela então vira a câmera para o o homem, que percebe que ela está fazendo uma live no Instagram e parece tentar atacá-la. Há uma aparente briga entre eles enquanto ele tenta pegar o telefone.
A atriz afirmou ainda que a polícia foi chamada pelos competidores, mas alegou que eles não podiam entrar na propriedade porque não tinham mandado. Ela agora afirma que está entrando com uma ação legal contra o Sr. Bratic e a Federação Sueca de Sexo por compensação.
O triste fim do Campeonato teria como justificativa a fraca adesão de assinantes que aceitariam pagar para assistir à competição – tornando-a financeiramente inviável. A própria Federação Sueca do Sexo emitiu um comunicado lamentando a baixa audiência e admitindo que a situação não é nada boa. “Todos eles gozaram de toda aquela popularidade e aproveitaram a nossa organização para se promoverem e agora pedem algo que não é possível cumprir. Estamos realmente devastados com a situação atual e não temos ideia de como isso vai acabar”, reportou.
O organizador, Sr. Bratic, disse: “Todos os competidores vêm da indústria pornô, mas não são convidados como atores pornôs, mas como participantes do Primeiro Campeonato Europeu de Sexo. Não contratamos atores pornôs para este projeto. Eles ignoraram as regras da competição e da Federação Sueca do Sexo e se comportaram de maneira não profissional e em detrimento da federação. Eles até trouxeram álcool para casa e não agiram como esportistas. Todos os competidores estão desclassificados da competição”, decretou.
Deixando a discussão ainda mais jocosa, Bratic acusa: “Nenhum deles nem mesmo trouxe uma bandeira de seu país, exceto a representante da Croácia, Marija, mas a Federação Sexual Sueca comprou para eles as bandeiras de seus países. Eles até roubaram material gravado pertencente ao organizador do campeonato em sua saída. Sua partida e todas as outras coisas que fizeram e ainda estão fazendo causaram danos à reputação e uma enorme perda financeira para a Federação Sueca do Sexo. Nossos advogados estão trabalhando no caso contra cada um deles”, ameaçou.