DA REDAÇÃO / MAK LUCIA
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Uma tarde de clima tenso, assim pode ser considerada a oitiva realizada com William Sampaio, esposo da vereadora Edna Sampaio (PT), na última sexta-feira, 23 de junho, na Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá.
Em um determinado momento da oitiva, quando foi questionado pelo vereador Dilemario Alencar (Podemos), William se recusou a responder às perguntas do parlamentar e se retirou da sala, “faltando com respeito” aos demais vereadores que estavam na Comissão, segundo o presidente Rodrigo Arruda (Cidadania).
Durante o depoimento que durou quase duas horas, o depoente disse que o dinheiro da verba indenizatória (VI) é usado conforme as regras próprias criada por um grupo de pessoas que se denomina como “coletivo”. E que ao realizar a cobrança do valor a ex-chefe de gabinete Laura Natasha, realizava a prestação de contas perante ao grupo que não é oficial da Casa de Leis.
Mandato Coletivo
Sempre reforçando que o mandado da vereadora Edna é um mandado de grupo, e que o sistema foi implantado em 2021, em seu primeiro ano de mandato, o esposo da vereadora disse que atua como contator e que a VI da chefe de gabinete e a VI da vereadora eram depositados em uma conta conjunta para custear as despesas do gabinete.
Conta conjunta
Outro ponto que chamou a atenção durante a oitiva foi o fato de a vereadora ter conta conjunta com a chefe de gabinete para administrar o dinheiro da VI. Das três chefes de gabinete desde o início do mandato de Edna, apenas Laura não teve acesso à conta conjunta.
“A lei da verba indenizatória não proíbe que o dinheiro seja transferido para outras contas, apenas pede que seja escolhida uma conta. Não tem nada de errado nisso”, disse William para justificar o uso da VI.
Segundo o dirigente petista, a ex-chefe de gabinete não foi incluída na conta, pois ficou pouco tempo com a vereadora.
“Não houve nenhuma deliberação no sentido de não colocar a Laura, quando chefe de Gabinete, na conta bancária. Essa providência iria ser tomada, mas como a permanência dela não demorou, então não foi feito isso. Mas isso não tem problema nenhum. O fato de ela não estar na conta não quer dizer que o recurso que ela transferiu para a vereadora Edna não foi executado na finalidade dessa verba indenizatória”, explicou.
O esposo da vereadora disse ainda que: “nem tudo o que foi dito pela ex-chefe de gabinete é verídico e pode provar”.
Veja depoimento na íntegra: