DA REDAÇÃO/ MATO GROSSO MAIS
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O casamento entre o União Brasil e Abílio Brunini (PL) parece estar com os dias contados. Tudo começou com falas do Senador Jayme Campos e do deputado estadual Júlio Campos (UB), onde citou que escândalos envolvendo o nome do principal pré-candidato do Partido Liberal, Abílio Brunini, na Câmara Federal, contribuem para uma possível vitória do presidente Eduardo Botelho (UB) na corrida pelo Alencastro em 2024.
O deputado estadual disse aos jornalistas na última sexta-feira, 21 de julho, que o comportamento “exótico” de Brunini no Congresso pode não ser bem-visto entre a população, que acompanha tudo pela imprensa.
“É visível o crescimento da candidatura do Botelho. E o Abílio cada dia perde mais pontos, pelo seu comportamento exótico, diferente, lá no Congresso. O povo acompanha muito a imprensa, as mídias sociais, isso desgasta a figura do principal concorrente”, disse Júlio Campos.
Já o senador disse em entrevista para a Rádio Vila Real no último dia 19, que aconselhou Abílio a “ir devagar”.
“Tem que ser mais ponderado, em momentos na Câmara tenho visto, […] isso é ruim até para o estado, Mato Grosso elegeu o cidadão”, comentou Jayme.
Durante uma entrevista para jornalistas no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, nessa segunda-feira (25), o deputado federal disse que vai começar a revidar os ataques que vem sofrendo por parte de alguns integrantes do UB, como, por exemplo, do senador Jayme Campos, do deputado estadual Júlio Campos e também da deputada federal em exercício Gisela Simona.
“Acredito que tem de tomar bastante cuidado quanto a isso. Até conversei com o pessoal do Governo e falei olha, não sei se é intenção do Governo do Estado fazer o pessoal do PL ou eu virar oposição ao governador, porque se for esse o projeto continua batendo na gente que está dando tudo certo […] se eles vierem pra cima uma hora vou ter que revidar e aí vai ficar difícil pra todo mundo e a gente perde o relacionamento”, disse o parlamentar.
Após as falas de Abílio, o governador Mauro Mendes (UB) que também estava no evento realizado pelo TJMT, negou que tenha dado ‘ordens’ para atacar o parlamentar, tendo em vista que o gestor estadual também é presidente do partido em Mato Grosso.
“Se alguém bateu nele, não fui eu e nem escalei ninguém. O que posso dizer é isso, não bati e não mandei ninguém bater”, pontou.
Os dois partidos estreitaram os laços nas eleições de 2022, em favor do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) derrotado nas urnas no segundo turno em outubro do ano passado.