Após mais uma polêmica envolvendo o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), seu colega de parlamento, Lúdio Cabral (PT), disse durante uma entrevista ao programa do Antero, na manhã desta sexta-feira, 1º de setembro, que espera mais celeridade e uma atuação mais combativa da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

“Eu sinceramente tento evitar fazer juízo sobre deputados no parlamento porque todos foram eleitos, mas esse deputado infelizmente tem um comportamento que é muito desrespeitoso […] a comissão de ética anda num ritmo lento e veio recesso e ouvimos de membros da comissão que tem ser punição pedagógica, o deputado que estava sendo obrigado a refletir seu comportamento acha que pode porque se a ALMT está aliviando a barra comigo, eu posso continuar assim”, disse.

Lúdio citou ainda que Cattani deveria ocupar e gastar seu tempo com situações e problemas relevantes para Estado. O deputado diz ainda que uma edição maldosa de um determinado assunto pode gerar ódio e revolta e quando a vereadora pediu para retirar, o parlamentar deveria ter atendido e não inventar essa história de processo.

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“Faz sentido um deputado estadual, com tantos problemas que o Estado tem, ocupar o tempo dele para defender determinadas posições, que tem que ser objeto do Congresso Nacional e ele fazer recorte de falas para tentar induzir e estimular o ódio?” questionou.

Segundo o petista, seu colga se envolveu em mais um escândalo, agora com a vereadora Maysa Leão (Republicanos) deixando de apagar vídeo onde ela afirma que é promovida como ‘defensora de estupradores’, pois a AL “passou a mão em sua cabeça” quando comparou mulheres a vacas, deixando claro que a Comissão de Ética trabalha em ritmo lento.

“A ALMT é responsável por isso, a Comissão de Ética é responsável. Porque lá na ALMT ele está quietinho, faz meses que não vai pra tribuna abrir a boca e falar besteira. Ele passou uns dias nervoso lá, chorando pelos corredores, pedindo desculpa pelo que tinha feito. Ai a Assembleia passa a mão na cabeça, no chapéu, aí ele cresce de novo […] é revoltante e a ALMT não pode passar a mão na cabeça de gente que faz coisa errada. Não adianta fazer discurso de defesa das mulheres e, na prática passar mão na cabeça de quem está atacando as mulheres o tempo todo”, completou.