Na última sexta-feira (06/10), o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), acertadamente, validou uma lei estadual de Mato Grosso que criou o município de Boa Esperança do Norte por constatar o preenchimento de todos os requisitos exigidos pela legislação vigente à época de sua edição.

Com essa decisão do STF, Mato Grosso ganha mais 1 município, totalizando 142 municípios.

Ao longo da história do Brasil, a criação de novos municípios sempre representou um marco de desenvolvimento regional e uma oportunidade de refinar a administração pública para atender melhor às necessidades específicas de uma população. O novo município de Boa Esperança do Norte, em Mato Grosso, não é exceção. A sua emancipação é um sinal de progresso, autonomia e a esperança de um futuro ainda mais próspero.

O até então não reconhecimento da legalidade do município de Boa Esperança vinha causando um prejuízo imensurável, tanto no desenvolvimento humano quanto no desenvolvimento social da população, posto que, para exemplificar, no mesmo período de criação da lei que criou o Município de Boa Esperança do Norte , também foram criados outros municípios (Ipiranga do Norte e Santa Rita do Trivelato), que se desenvolveram após a emancipação e estão hoje entre os 35 municípios que mais geram negócios no estado de Mato Grosso.

Se à época Boa Esperança tivesse iniciado suas atividades econômicas, sem sombra de dúvidas hoje estaria se destacando entre os 20 municípios mais produtivos e economicamente viáveis de Mato Grosso, por estar inserido no Médio Norte, sendo essa região reconhecida mundialmente por ser a força motriz que alimenta o mundo, através do agronegócio.

1. Atendimento Direto às Necessidades Locais

A criação de Boa Esperança do Norte como um município independente significa que ele terá mais autonomia para direcionar recursos e implementar políticas que atendam diretamente às necessidades de seus habitantes. A gestão local tem o benefício de estar mais próxima dos cidadãos, permitindo uma resposta mais rápida e adaptada às particularidades da região.

2. Estímulo ao Desenvolvimento Econômico

Com a emancipação, Boa Esperança do Norte poderá desenvolver estratégias econômicas específicas, alavancando seus potenciais locais.

Boa Esperança tem como principal matriz o agronegócio, o que leva o agora município proceder com uma arrecadação invejável, o que vem aumentando anualmente, com o crescimento exponencial do local.

3. Valorização da Identidade Cultural e Regional

Cada região possui sua riqueza cultural e tradições. Ao tornar-se um município independente, Boa Esperança do Norte tem a oportunidade de celebrar e preservar sua identidade, promovendo eventos, festivais e programas que refletem a cultura e a história local.

4. Mais Representatividade Política

A autonomia política oferece a Boa Esperança do Norte a chance de ter uma representação mais direta em diferentes níveis governamentais. Isso pode se traduzir em mais recursos, projetos e atenção dedicados exclusivamente ao desenvolvimento do novo município.

 

5. Oportunidades de Inovação

A formação de um novo município oferece uma espécie de “tela em branco” para inovação. Boa Esperança do Norte tem a oportunidade de experimentar novas abordagens em gestão pública, educação, saúde e outras áreas, tornando-se, quem sabe, um modelo para outros municípios.

Assim, a emancipação de Boa Esperança do Norte não é apenas uma reconfiguração administrativa, mas uma promissora virada de página na história de Mato Grosso. A autonomia traz consigo uma série de desafios, mas, acima de tudo, a oportunidade de construir um futuro brilhante, baseado nas aspirações e necessidades específicas de seus habitantes. Que a “Boa Esperança” que nomeia o município se reflita em um futuro de progresso, desenvolvimento e bem-estar para toda a população.

 

Mariana Bonjour

Advogada e consultora política