DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá e presidente do Fórum Pró-Ferrovia, Francisco Vuolo, apresentou nesta segunda-feira (27), um panorama novo sobre a construção a Ferrovia Senador Vuolo em Mato Grosso durante o evento “Diálogos Multimodais” promovido pela Associação Comercial e Empresarial de Tangará da Serra (ACITS).
Segundo ele, a conclusão do prazo da ferrovia até 2025 com a sua chegada a Cuiabá garante a prospecção da sua expansão para o Oeste e Sudoeste de Mato Grosso, que estão conectadas economicamente com a capital mato-grossense.
“O prefeito Emanuel Pinheiro permitiu que eu visitasse Tangará para alertá-los de que é importante vocês entenderem o seguinte: quando tínhamos a antiga concessão, Cuiabá era o tronco da ferrovia, naquela época eu estive em Tangará e estive em Diamantino, a defesa que eu sempre fiz foi de que a ferrovia ao invés de vir pela direita da BR-163 ela deveria vir pela esquerda, contemplando um terminal em Diamantino, estender um ramal até Cáceres e interligar com o estado de Rondônia, porque o importante é a integração de todo estado de Mato Grosso e se vocês observarem claramente esta região de vocês está ausente do processo de investimento logístico, portanto, a ferrovia em Cuiabá vai beneficiar a região oeste e sudoeste”, afirmou Vuolo.
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As regiões oeste e sudoeste do estado abrigam 18,6% da população mato-grossense e representam 18% de todo território. Atualmente a ferrovia prevê um terminal de cargas em Cuiabá, o que deixaria o modal a apenas 210 quilômetros de Cáceres.
Segundo Francisco Vuolo, o cumprimento do prazo da chegada da ferrovia Senador Vuolo a Cuiabá possibilitará a médio prazo a integração do modal com a hidrovia Paraguai-Paraná, capaz de levar a produção agrícola da região oeste para os portos do Mercosul.
“A história da ferrovia é uma história que o Vuolo lutou tanto e que felizmente é uma realidade”, afirmou o senador Wellington Fagundes durante a sua palestra no evento. “Empresa grande a gente tem que bater duro, eles não vêm para cá para fazer favor para ninguém, o compromisso de chegar a Cuiabá se a gente não ficar ali cobrando é capaz que vão atender ao interesse só deles”, completou Wellington.
Segundo o prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson, a ferrovia faz parte de um processo de integração dos transportes e dos modais em Mato Grosso.
“É importante a presença do Francisco Vuolo para poder apresentar o que tem de positivo, de perspectiva de futuro, de luta, de conquista e de desafios para poder integrar toda essa região, além da hidrovia e da ZPE de Cáceres também integrar a ferrovia com toda região oeste e sudoeste de Mato Grosso”, afirmou Masson.
Para a prefeita de Cáceres, Eliane Liberato, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) que está em construção é uma sinalização de que a chegada da ferrovia Senador Vuolo à região pode integrar o desenvolvimento local.
“Quero inicialmente parabenizar o Francisco Vuolo pela participação dele aqui, fez uma brilhante apresentação, reforçando o que a gente já estava em discussão, que é a discussão de potencializar as ferrovias e as rodovias. Ligar a ferrovia com a hidrovia é uma saída para interligar toda essa região, nós temos produtos e temos negócios para exportação”, afirmou a prefeita.
O traçado ferroviário
Na palestra ministrada durante o evento “Diálogos Multimodais”, em Tangará da Serra, o secretário Vuolo explicou como era o antigo traçado da ferrovia, cuja concessão previa os trilhos chegando em Porto Velho, capital do estado de Rondônia, estendendo-se também, na região norte de Mato Grosso, até Santarém, no Pará.
Para Vuolo, as mudanças nas concessões permitiram prover a região norte e leste de Mato Grosso, mas a oeste ficou em segundo plano. Com projetos como Ferrogrão e a Ferrovia de Integração do Centro Oeste (FICO) , as duas regiões, leste e norte, estão assistidas pelo planejamento de infraestrutura do governo federal.
“O traçado que precisa ser desenhado agora é para esquerda, para oeste, e nesse desenho dois municípios são fundamentais, Cáceres, por conta da hidrovia e da pecuária, e Tangará por conta da produção agrícola, a extensão dos trilhos em partir de Cuiabá permitirá essa interligação”, afirmou Francisco Vuolo.