DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu a reitora eleita da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professora Marluce Silva, o vice-reitor Silvano Macêdo e parte do corpo técnico da instituição, levados pelo deputado estadual Lúdio Cabral, para falar dos projetos para os próximos anos. O encontro aconteceu neste sábado (18), em Cuiabá.
Entre as principais ações desenvolvidas, uma parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é o programa BID Pantanal.
O projeto prevê recursos de aproximadamente R$ 1 bilhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para serem aplicados em 12 municípios da região da Baixada Cuiabana, em Mato Grosso. Trata-se de ações que visam o desenvolvimento local por meio de capacitação e recuperação ambiental.
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“Um debate bastante importante e que é de total interesse do Mapa e do governo do presidente Lula é o BID Pantanal, um programa de incremento às cadeias produtivas da Baixada Cuiabana, geração de renda e oportunidades às famílias da região, principalmente do Pantanal, com o viés da sustentabilidade, respeito ao Meio Ambiente, questões sanitárias, e isso já está acontecendo”, explicou o ministro.
De acordo com Fávaro, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, determinou que, independentemente da liberação dos créditos do BID, as ações sejam implementadas com recursos do Orçamento Geral da União (OGU).
Exemplo disso, conforme pontuou o ministro, é a seleção de projetos, como os que envolvem as lagoas de tratamento de esgoto sanitário de Várzea Grande, no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC Seleções.
Outro projeto que já está sendo desenvolvido é o que visa a capacitação de cerca de 1 mil mulheres da agricultura familiar. Elas são preparadas para a formação de preço, metodologia de produção e venda dos produtos da agricultura familiar garantindo a geração de renda.
“Também serão contratados equipamentos na ordem de R$ 30 milhões de investimentos. Tudo isso sendo organizado pela UFMT e já em execução”, disse Fávaro. “Então eu queria, nesse momento, agradecer o deputado Lúdio que trouxe aqui a reitora da UFMT para que a gente fizesse esse primeiro contato e desse continuidade a esses programas de incremento à produção, capacitação e respeito ao Meio Ambiente no chamado BID Pantanal”, completou.
A nova diretoria da UFMT assume os trabalhos a partir de 15 de outubro. Os projetos do BID Pantanal envolvem diversas ações que poderão beneficiar cinco cadeias produtivas da Baixada Cuiabana e Pantanal. Os projetos foram debatidos com a sociedade em audiências públicas promovidas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) nos 12 municípios envolvidos durante o ano de 2023.
Além do deputado Lúdio Cabral e a da equipe da UFMT, a reunião também contou com a participação do superintendente federal de Agricultura de Mato Grosso, Leny Rosa Filho, que acompanhou as audiências realizadas.
Incremento à produção
Ainda com o objetivo de desenvolver a agricultura da Baixada Cuiabana, Fávaro destacou a iniciativa do Mapa que, por meio do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), tem contribuído para o avanço do setor em diversos municípios do país.
“O Sisbi é um sistema de inspeção que permite que todos os produtos oriundos da agricultura familiar que tenham no seu município a certificação possam ser comercializados em todo o Brasil”, detalhou o ministro.
Em cerimônia do Projeto de integração dos Consórcios de Serviços de Inspeção Municipais (ConSIM) realizada em Mirassol d’Oeste no fim de novembro do ano passado, 25 empresas que abrangem 485 municípios foram qualificadas para comercialização de produtos de origem animal produzidos por pequenos empreendedores de nove estados brasileiros.
Com as inscrições abertas para a 3ª edição do Projeto ConSIM, Fávaro destacou as oportunidades para os agricultores familiares mato-grossenses.
“Nós cadastramos, fizemos todo o trabalho junto aos municípios da Baixada Cuiabana e muito em breve eles estarão recebendo o seu certificado e, com isso, atestando a qualidade dos produtos oriundos da agricultura familiar da região para que eles possam ser comercializados no país inteiro. Isso é muito mais oportunidade para quem produz e para gerar renda e emprego nas localidades beneficiadas”, afirmou o ministro.