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No mês que marca o Dia Internacional de Combate às Drogas, celebrado no dia 26 de junho, o Instituto INCA-Inclusão, Cidadania e Ação leva, pela primeira vez, o projeto social e educativo “Gênesis Rap nas Escolas”, edição 2024, ao município de Cáceres, fronteira com a Bolívia, apontada como rota do tráfico de drogas.

A “Princesinha do Pantanal”, como é conhecida a cidade, está localizada a 220 km de Cuiabá, onde também terão ações, até dezembro, da palestra show autoral do rapper Jorjão Oliveira com participação de Marjorie Petrenko, para conscientizar os alunos do ensino fundamental sobre o impacto dos entorpecentes.

A estratégia deste projeto, em rede com o Instituto Gênesis Rap nas Escolas (IGREC), patrocinado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, com emenda parlamentar do ex-deputado federal Dr. Leonardo, é a “Prevenção ao Uso de Drogas”, com intervenções a serem desenvolvidas no combate a utilização de substância que criam dependência e problemas relacionados a esse fato. O consumo de droga acomete, principalmente, jovens em idade escolar.

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A conscientização é importante e Jorjão Oliveira, como é conhecido Diógenes Luiz de Oliveira, traz a sua história como referência: fala sobre a inversão de valores no ambiente familiar e escolar, com as ruas, até a reabilitação; as consequências drásticas do mundo das drogas, inserindo o Hip Hop, com músicas e material explicativo sobre os efeitos de cada substância entorpecente.

“Durante o período de agendamento das ações, em Cáceres, nos deparamos com uma viatura de Polícia Militar em uma das escolas. Foi nos relatado que se tratava de consumo de drogas entre dois alunos e ambos foram conduzidos para a delegacia onde os pais foram acionados. A maioria das escolas apresentaram que alguns alunos tinham problemas com cigarros eletrônicos, maconha e tabagismo. E, alguns, dizem fazer parte de facções criminosas”, relata Jorjão.

As ações do projeto Gênesis Rap nas Escolas, em Cáceres e Cuiabá, vão impactar mais de 8 mil pessoas entre a comunidade escolar, familiares e amigos em torno dos espectadores. Pois trarão informações a respeito do crime e das drogas, provocando um despertar à consciência de alunos e profissionais da Educação, para um novo direcionamento de vida.

Em Cáceres, pela primeira vez as palestras estão sendo levadas para o presídio, atendendo reeducandos maiores de idade e os alunos menores de idade do sistema socioeducativo, que estão estudando nas salas anexas da Escola Estadual Professor Milton Marques Curvo.

A PALESTRA SHOW

“Este ano, vamos utilizar um conteúdo mais imersivo com novos vídeos com produções cinematográficas produzidos em Hollywood pela ONG Drugs Free Word e pelo projeto Genesis Rap, que tem o setor de mídia com o videomaker Neto Sousa”, frisa o rapper.

A conscientização é muito importante, pois promove o interesse para a busca de informações sobre as causas e efeitos das substâncias que provocam alterações na estrutura e funções do organismo, sejam elas lícitas ou ilícitas.

Entende-se por drogas toda substância que causa essa alteração. As drogas lícitas são as legalizadas, produzidas e comercializadas livremente e aceitas pela sociedade, como o cigarro, o álcool, inibidores de apetite, que reduzem a ansiedade, entre outros. As drogas ilícitas são aquelas de consumo proibido pela legislação e não são aceitas socialmente, como a cocaína, a maconha, o crack, entre outras.

Outro fator importante é promover o equilíbrio, autoconhecimento, a confiança em si mesmo e em buscar hábitos saudáveis, enfatizando os problemas desencadeados pela venda e pelo consumo de drogas.

O RAPPER JORJÃO

Criado há 13 anos (em 2013), por Diógenes Luiz de Oliveira, conhecido por Jorjão Oliveira, o projeto passa uma visão de vida e a realidade das ruas para dentro da sala de aula. Sem romantizar, o projeto fala sobre a criminalidade e o perigo das drogas para alunos.

A história do rapper mato-grossense passa entre o sonho, de uma criança nota 10 na escola, para sua adolescência turbulenta; o crime, ilusões, prisão, tráfico e abuso de drogas.

Jorjão está no Rap desde 1996, quando foi membro do grupo de Rap “Minutos Terríveis”, que impactou a cena neste período, e, nos anos de 2.000, cantando músicas do cotidiano violento dos bairros Pedregal e no Jardim Leblon, onde cresceu, em Cuiabá.

Agora, ele atua como agente cultural, utilizando os elementos da cultura Hip Hop, com um visual despojado e carisma, realizando palestras que despertam a atenção dos alunos do começo ao fim. E já trouxe resultados positivos, entre relatos de mudança de vida e comportamento de alunos que assistiram suas apresentações, também levando a mensagem para amigos e familiares.

O projeto Gênesis Rap nas Escolas foi selecionado entre as Top 10 do Estado de Mato Grosso para a Expo Favela 2024 e está participando de um documentário para uma TV Americana.