DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Com a tarifa do transporte público custando R$4,95, Cuiabá figura atualmente no ranking das 10 capitais brasileiras com as passagens de ônibus mais caras do país. O levantamento foi realizado pelos portais de notícias G1 e Valor Econômico.
No ranking divulgado pelo Valor Econômico, realizado em janeiro do ano passado, Cuiabá aparecia em sexto lugar com a passagem de ônibus mais cara. Doze meses depois, em nova atualização realizada pelo Portal G1, a capital mato-grossense ainda está na lista das dez capitais com a tarifa mais cara.
Apesar dos altos preços, os serviços de transporte por ônibus ainda deixam muito a desejar. Segundo pesquisa do Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), 32% dos brasileiros consideram esses serviços como ruins, enquanto apenas 24% os consideram bons.
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Entre as maiores reclamações estão o tempo gasto para se chegar aos destinos, 75% dos passageiros viajam por mais de uma hora. A segunda maior reclamação é sobre o preço das tarifas.
Problemas que são uma realidade constante dos usuários de transporte coletivo em Cuiabá, que reclamam das péssimas condições dos ônibus, a superlotação da frota e atrasos recorrentes.
Proposta para tarifa
Uma das propostas que busca garantir um transporte público de qualidade com tarifas acessíveis a toda população é o projeto de lei do deputado estadual Lúdio Cabral (PT) que obriga a licitação de concessão do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) em Cuiabá e Várzea Grande e a tarifa no valor de R$ 1,00 por um período de cinco anos.
Lúdio Cabral apresentou os cálculos que mostram como o governo de Mato Grosso pode fazer para que a tarifa do BRT seja de R$ 1,00. O valor atual da passagem do ônibus intermunicipal é R$ 4,95. O governo estadual já subsidia R$ 2,35, de modo que a empresa recebe R$ 7,30 por passageiro. A proposta de Lúdio prevê aumento do subsídio em mais R$ 3,95, para que a passagem do BRT em Cuiabá e Várzea Grande custe R$ 1,00.
Atualmente, são 28,6 mil viagens por dia no transporte intermunicipal, totalizando 860 mil viagens por mês. O subsídio proposto por Lúdio custaria R$ 3,397 milhões por mês, num total de R$ 40,764 milhões por ano. Em 5 anos, o subsídio total seria de R$ 203,8 milhões. Lúdio propõe que esse valor venha dos recursos da venda dos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ao governo da Bahia, fechada pelo governador por R$ 793 milhões.