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PLANO DE GOVERNO

Lúdio reúne especialistas e defende priorizar atenção básica para melhorar a saúde em Cuiabá

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Da assessoria

O pré-candidato a prefeito de Cuiabá Lúdio Cabral (PT) realizou, na noite de segunda-feira (29), um debate com especialistas, representantes dos trabalhadores da Saúde e dos pacientes para discutir os principais desafios para melhorar o atendimento à população.

As ideias do encontro com o tema “Saúde e Qualidade de Vida”, realizado pelo Movimento Mais Ação Pra Mudar Cuiabá, vão compor o plano de governo de Lúdio, que será entregue à Justiça Eleitoral em agosto.

Médico sanitarista e servidor público da Saúde, Lúdio destacou a necessidade de um novo desenho das unidades de saúde para que a Prefeitura priorize a atenção primária.

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O pré-candidato lembrou também que as dívidas da Saúde e a falta de controle dos gastos, uma “caixa-preta”, comprometem o funcionamento de toda a gestão municipal.

“Temos que saber o que aconteceu com a Saúde em Cuiabá para chegar nessa situação financeira. É uma caixa-preta que vamos ter que abrir. Temos que analisar os contratos, as despesas e fazer os enfrentamentos necessários. Para ampliar a vacinação, temos que fazer busca ativa das pessoas, das crianças, ir até as escolas e creches. Nós temos que dar conta do básico e com os recursos que temos, a gente dá conta de consertar a Saúde de Cuiabá. A saúde é o principal sofrimento da nossa população e o nosso principal desafio. Tenho certeza de que iremos construir o melhor sistema de saúde pública do Brasil. Esse será o nosso maior legado na Prefeitura”, projetou Lúdio.

A plenária foi realizada no Sindicato dos Bancários, em Cuiabá, e contou com a participação do médico sanitarista Augusto Viana, analista do Ministério da Saúde. Viana detalhou o potencial de ampliação das equipes das unidades básicas de Saúde da Família, com recursos federais disponíveis hoje. As mudanças possibilitariam mudanças no modelo da jornada de trabalho dos profissionais da Saúde e melhoria do atendimento, com hora estendida.

“A partir das diretrizes atuais do Ministério é possível fazer uma grande revolução no cenário de Cuiabá. Existe hoje a viabilidade real de uma grande ampliação da atenção primária, que deve assumir o posto de ordenadora do cuidado, com valorização dos servidores e fortalecimento do controle social. É preciso vontade política e coragem, e isso o Lúdio tem”, disse Viana. Segundo ele, Cuiabá pode sair de 111 equipes de estratégias de saúde da família para 312, recebendo mais recursos dos governos federal e estadual.

O encontro abordou ainda o perfil epidemiológico em Cuiabá, com base em dados do Ministério da Saúde. A professora doutora Maria Ângela Martins, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), elencou as principais causas de internações, os números relativos à mortalidade e o descreveu o cenário da vacinação na Capital. “Desde 2019, a vacinação na nossa cidade está aquém do necessário, não atinge o esperado e isso por diversos fatores. A nossa tarefa mais básica não vem sendo feita”, lamentou.

Contas no vermelho e profissionais em insegurança

A plenária discutiu também o orçamento público atual de Cuiabá, com ênfase para o setor da Saúde. A economista Lucineia Soares analisou os números da arrecadação municipal, as despesas e as fontes de recursos. Segundo ela, é necessário avaliar minuciosamente grandes contratos da Secretaria Municipal de Saúde e buscar rever os repasses dos governos estadual e federal.

“Temos uma grande dependência dos valores que recebemos desses governos, muito por conta do nosso pacto federativo e do financiamento tripartite do SUS. A gente precisa dos recursos federais, de emendas parlamentares e de buscar pactuações com o governo estadual”, pontuou Lucineia.

Bruna Santiago, presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) de Mato Grosso, discorreu sobre a realidade dos profissionais e ressaltou que a preocupação com o quantitativo e com as condições de trabalho só surge quando os gestores das unidades e da secretaria são da área da Saúde.

“Precisamos rever a forma de contratação, que é precária e gera insegurança para o trabalhador. Temos que melhorar as condições de trabalho, com valorização salarial e precisamos cuidar de quem cuida. A saúde mental dos nossos profissionais está debilitada. A próxima gestão precisa ser humanizada e estar ao lado dos servidores. Entende de Saúde quem participa dela”, defendeu Bruna.

O debate contou ainda com palestra da psicóloga Luciana Gomes, que falou sobre a universalidade, equidade e integralidade da Saúde. “A gente tem a chance de fazer o SUS acontecer como ele deve acontecer, com acesso, promoção da saúde, equipes multidisciplinares”, destacou.

Outros pontos abordados foram o enfrentamento às questões ambientais que contribuem para as mudanças climáticas e comprometem a qualidade de vida e bem-estar da população. A doutora Marcia Montanari falou da emergência global e da necessidade de tornar a cidade sustentável.

A população também participou da plenária com sugestões, como a implementação de iniciativas que integrem Saúde e Educação, a inclusão de terapias integrativas nas unidades de saúde, a realização de programas junto às mães atípicas e a redução de danos causados pelo consumo de drogas e álcool. Essa foi a terceira plenária do Plano de Governo durante a pré-campanha. Além da saúde, as plenárias discutiram “Políticas Sociais Estruturantes” e “Planejamento Urbano e Emergência Climática”.

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