DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O deputado Eduardo Botelho (União Brasil) se esquivou e não respondeu a sua relação e de familiares com o sucateado transporte público que circula na cidade de Cuiabá e Várzea Grande, e também entre as duas cidades pelas linhas intermunicipais.
A pergunta foi levantada por Abilio Brunini (PL), durante o primeiro debate da disputa pela Prefeitura de Cuiabá nas eleições de 2024, promovido pelo Portal Primeira Página, na noite de terça-feira (20).
“O Rômulo Botelho, seu irmão, está te ajudando nesta campanha e é presidente da Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU) e também tem empresa de ônibus em Cuiabá, em Várzea Grande e o intermunicipal. Ele quer o aumento da passagem a bastante tempo. Como você vai resolver o problema do transporte público. Num jantar na sua casa com o seu irmão?”, perguntou Abilio.
Botelho se esquivou afirmando que o questionamento é falso.
Abilio, na sequência, voltou a insistir na pergunta na replica. “Não foge da pergunta Botelho. O Senhor foi dono da empresa e seu irmão é dono da empresa? O seu irmão está investindo na campanha para prefeito? O seu irmão quer o aumento do valor da passagem? Você reconhece que seu irmão é dono das empresas de transporte e presidente da associação? Ele já financiou sua campanha com dinheiro do transporte público? Não foge da pergunta, é simples. Um cara que quer ser prefeito de Cuiabá, não pode negar que o irmão está na campanha e é dono do ônibus. Responde. O povo que anda no ônibus lotado quer saber”.
Pela segunda vez, botelho se esquivou.
Cabe ressaltar ainda a denúncia feita por Abilio e reforçada pelo candidato do PT, que cancelou a destinação das linhas do BRT diretamente para as empresas ligadas a familiares de Botelho. Essas linhas construídas pelo Governo do Estado, com dinheiro público, seriam destinadas sem o devido processo licitatório – o que foi cancelado pós os apontamentos.
PROPOSTAS
Na sequência, Abilio defendeu sua proposta contida em Plano de Governo, que prevê a forma como o cálculo relativo ao valor da tarifa seja refeito. O plano prevê que as empresas sejam pagas pelo quilômetro percorrido e não pelo número de pessoas que passam pela catraca.
Abilio, que é arquiteto e urbanista, com duas especializações em mobilidade urbana, afirma que essa ação vai aumentar o número de veículos na rua, reduzindo a superlotação dos veículos.
Ainda em seu plano de governo, Abilio propõe que a passagem seja paga por assinatura, de forma com que o usuário pague apenas uma vez e use o transporte público ao logo do mês.