DA REDAÇÃO/ MATO GROSSO MAIS
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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou nesta sexta-feira (6) do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar em Mato Grosso, na sede da Superintendência de Agricultura e Pecuária (SFA-MT), em Várzea Grande.
Durante seu discurso, Fávaro destacou o programa BID Pantanal, que consiste em promover ações de fortalecimento econômico, social e ambiental no bioma. Com investimentos de US$ 400 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a iniciativa visa estimular o desenvolvimento local.
“Com a ajuda do Governo Federal, retomamos as ações para o desenvolvimento da Baixada Cuiabana e dos municípios pantaneiros. Vamos implementando passo a passo com o orçamento que temos disponível, isso será tratado com prioridade”, afirmou Fávaro.
Segundo o ministro, R$ 80 milhões já estão disponíveis para capacitação, aquisição de equipamentos para a agroindústria e tecnologias para o produtor familiar. Os recursos estão atendendo comunidades tradicionais, indígenas e produtores familiares no estado de Mato Grosso. O programa contempla projetos em 12 municípios selecionados: Acorizal, Barão de Melgaço, Cáceres, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Rosário do Oeste, Santo Antônio de Leverger e Várzea Grande.
Outro ponto destacado pelo ministro da Agricultura foi a importância da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para o desenvolvimento e crescimento da agropecuária brasileira. “É importante dizer que o que nos trouxe até aqui foi a criação da Embrapa, há 51 anos, que mostrou para os brasileiros a grande vocação do Brasil para produzir alimentos”, disse.
Fávaro também destacou o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), que permite aos pequenos produtores a distribuição e venda de seus produtos em nível nacional. “Os consórcios municipais aqui no estado estão sendo capacitados para obter o Sisbi, agregando valor aos produtos oriundos da agricultura familiar. É assim que fazemos o valor da produção do campo chegar à mesa das pessoas com qualidade e agregação de valor, gerando renda no campo”, afirmou.
O ministro ainda salientou a produção sustentável para a agropecuária por meio do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Ele anunciou que o programa contará com equalização de juros internacionais, que são mais baixos. Para a agricultura familiar, o Governo Federal está estruturando um programa para o desenvolvimento sustentável e a recuperação de solos. “Vamos ampliar a nossa produção; o Brasil tem mais de 90 milhões de hectares de terras propícias para a produção de alimentos, atualmente com pastagens de baixa produção, que podem receber a tecnologia desenvolvida pela pesquisa e extensão rural. Levando esse conhecimento a essas terras, elas serão agregadas ao sistema produtivo sem necessidade de desmatamento”, ressaltou o ministro.
Participaram do evento o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Vanderley Ziger; o superintendente federal do Desenvolvimento Agrário no estado do Mato Grosso, Nelson Barros; e a diretora-executiva administrativa, financeira e de fiscalização da Conab, Rosa Neide Sandes.
Na oportunidade, também ocorreu uma apresentação dos principais programas para a aquisição de alimentos da agricultura familiar pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), além de conversas com instituições financeiras e capacitação sobre Emissão do Cadastro da Agricultura Familiar (CAF).
PLANO SAFRA 2024/2025
Desde o início da nova gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Plano Safra foi dividido entre a agricultura empresarial, sob o comando do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e a agricultura familiar, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Os dois últimos Planos Safra atingiram recordes históricos em valores.
Lançado em julho deste ano, o Plano Safra 2024/2025 prevê cerca de R$ 594 bilhões em crédito rural, sendo R$ 400,59 bilhões para financiamentos da agricultura empresarial, R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e R$ 76 bilhões destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
O Plano Safra da Agricultura Familiar é uma iniciativa do Governo Federal para reforçar a produção de alimentos saudáveis em todo o Brasil e conta com linhas de crédito especiais para jovens, assistência técnica e extensão rural, seguros e capacitação, recursos para regularização fundiária, aquisição de máquinas de pequeno porte e outros.