BRUNA GHETTI
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Poucas palavras se aplicam tanto ao corpo feminino do que “avanços” ou “conquistas”. Em nossa história recente, as mulheres vêm conquistando voz e espaço para avançarem na direção de terem direito pleno sobre seus corpos, superando preconceitos e modelos preestabelecidos.
É importante lembrar que em um passado nada distante mulheres precisavam do consentimento de seus maridos para mudarem a cor de seus cabelos ou para frequentarem uma academia, com objetivo de se sentirem melhor com sua forma física.
Obviamente poderíamos ampliar esse debate para outros pontos de uma sociedade fortemente calcada sobre valores patriarcais. Mas para ficarmos no campo da saúde, da estética e do empoderamento das mulheres quanto suas escolhas em relação aos seus corpos, não há dúvidas de que os avanços e conquistas têm sido exponenciais.
Se cabelos e peso já eram tratados como tabus, é possível imaginar o choque que a simples discussão a respeito da estética do órgão genital feminino pode causar em algumas pessoas. Quando o tema gira em torno da saúde, há poucas vozes dissonantes, mas porque é tão importante falarmos sobre o rejuvenescimento íntimo vaginal?
Em primeiro lugar é preciso destacar que o rejuvenescimento íntimo não deve ser observado somente sob o prisma da estética, mas também como uma forma de promover a saúde e o empoderamento feminino. Muitas mulheres relatam sentir-se mais confiantes e satisfeitas após esses procedimentos, o que reflete positivamente em suas vidas pessoais e profissionais.
Além da aparência, este procedimento atua na estimulação do colágeno, promovendo a regeneração dos tecidos e melhorando a elasticidade da região. Os resultados incluem não apenas uma aparência mais jovem, mas também uma melhora na lubrificação e na função sexual.
Sobre as técnicas, é fundamental falar sobre os avanços da medicina nesse campo. A vaginoplastia é um dos procedimentos mais conhecidos, mas com o avanço da medicina, surgiram alternativas menos invasivas, que oferecem resultados eficazes e com menor tempo de recuperação. Entre essas, destacam-se os tratamentos a laser e a radiofrequência.
O laser permite remodelar, corrigir assimetrias e diminuir o tamanho dos lábios vaginais, trazendo um sentido novo à relação da mulher com seu corpo. São questões que transcendem limitações quanto à idade das pacientes, sendo aplicáveis tanto a mulheres jovens quanto àquelas mais maduras e que por anos tiveram que lidar com a aceitação de uma parte tão importante de sua anatomia.
Mais do que trazer informações técnicas, algo que podemos fazer em consultório, avalio como sendo fundamental trazer luz a esse assunto por meio de artigos e textos dessa natureza para que cada vez mais mulheres sintam-se à vontade para falarem abertamente – e mais do que isso – possam ser donas de suas escolhas quando o tema é a sua autoestima, sua saúde e bem-estar.
Dra. Bruna Ghetti
Ginecologista, referência em tratamentos íntimos e longevidade
CRM 5755 MT