DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Nesta terça-feira (17), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lançou o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos. A iniciativa tem como principais objetivos qualificar e aprimorar a rastreabilidade ao implementar um sistema de identificação individual que permitirá acompanhar e registrar o histórico, a localização atual e a trajetória de cada animal identificado.
A medida fortalecerá os programas de saúde animal, incrementará a capacidade de resposta a surtos epidemiológicos e reforçará o compromisso do Brasil com o cumprimento dos requisitos sanitários dos mercados internacionais.
“Não colocamos nenhum peso nos ombros de nenhum pecuarista brasileiro. Na realidade, o que nós estamos fazendo é prestar contas daquilo que eles já fazem, criando um sistema de rastreabilidade que ninguém no mundo tem. No controle sanitário, social e ambiental dos produtores, o regramento brasileiro é a régua mais alta do mundo”, destacou Fávaro.
O ministro também pontuou que o objetivo é dar transparência ao sistema produtivo: “É fundamental. O mundo todo exige a transparência de boas práticas, sejam elas ambientais, sociais ou trabalhistas. E nós temos essa capacidade. Não precisamos ter medo de abrir a rastreabilidade do nosso rebanho. Ninguém no mundo cumpre legislações tão restritivas como os produtores brasileiros. O Brasil avança definitivamente para os melhores mercados do mundo, sendo o país mais competitivo para fornecer proteína animal”, completou o ministro.
O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, explicou como será o processo: “Estamos evoluindo de uma rastreabilidade baseada no lote, com movimentação de animais registrados dentro de um contexto regional do Serviço Veterinário Oficial, para uma rastreabilidade individualizada. Isso nos permitirá ir além das garantias sanitárias e oferecer mais segurança a todos os elos da cadeia produtiva. Nosso objetivo é assegurar que o valor agregado dessa produção continue a beneficiar o setor como um todo”, afirmou Goulart.
O Plano, liderado pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), contou com a participação de entidades do setor privado. A implementação será gradual e ocorrerá ao longo dos próximos sete anos. Entre 2024 e 2026, será construída a base de dados nacional. Entre 2027 e 2029, terá início a identificação individual dos animais, com a previsão de atingir todo o rebanho até 2032.
A iniciativa representa um avanço fundamental para a rastreabilidade animal no Brasil, trazendo benefícios significativos à sanidade e à segurança agropecuária do país. Entre os principais impactos positivos estão: o fortalecimento dos programas de saúde animal, com monitoramento contínuo e preciso; o aprimoramento da capacidade de resposta a surtos epidemiológicos, contribuindo para a mitigação de riscos; e o reforço do compromisso do Brasil com as exigências sanitárias e de qualidade dos mercados internacionais, impulsionando a competitividade dos produtos agropecuários no comércio global.