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Crédito com garantia digital: como investidores podem ter acesso a empréstimos usando criptoativos?

O avanço das tecnologias blockchain e o crescimento das finanças descentralizadas (DeFi) vêm transformando o mercado financeiro tradicional, oferecendo novas alternativas para investidores e usuários de criptoativos.

Uma das inovações mais recentes é o empréstimo de criptomoedas, uma modalidade de empréstimo que permite a obtenção de recursos financeiros sem a necessidade de vender seus ativos digitais. Nesse formato, criptomoedas como o bitcoin são utilizadas como colateral, possibilitando o acesso ao crédito com mais agilidade e menos burocracia.

No modelo convencional, o crédito é concedido mediante garantias físicas, como imóveis, veículos ou bens penhoráveis. Além disso, é comum que instituições financeiras exijam uma série de documentos, como comprovante de renda, de endereço, histórico de crédito e identificação.

No entanto, nas plataformas DeFi, o processo é simplificado: o usuário cria uma conta, transfere seus criptoativos para uma carteira custodiada, e tem acesso ao crédito mais rapidamente, sem tanta burocracia, análises de score ou exigência de comprovação de renda.

Durante a vigência do contrato, os ativos digitais permanecem bloqueados como garantia, enquanto o valor emprestado é liberado para livre utilização. Essa característica é um dos atrativos principais da operação, pois o tomador não precisa se desfazer de suas criptomoedas, podendo até mesmo se beneficiar de uma eventual valorização desses ativos durante o período do empréstimo.

Liberdade de uso e limites de crédito

Um dos diferenciais da prática de crédito digital com criptoativos é a liberdade no uso dos recursos. É possível, por exemplo, reinvestir em outras criptomoedas, diversificar a carteira, ou mesmo transferir o valor para uma conta bancária tradicional.

Além disso, a taxa de juros costuma ser competitiva, variando conforme o perfil da operação, o valor bloqueado e o prazo escolhido. Em média, o limite de crédito disponível equivale a 30% do valor dos criptoativos utilizados como garantia. Assim, um investidor que possui 0,1 bitcoin avaliado em R$ 60 mil, por exemplo, poderá solicitar até R$ 20 mil, com prazos entre 3 e 12 meses — podendo pagar em parcelas ou quitar o valor total no vencimento.

Atenção ao mercado

A segurança da operação está atrelada ao comportamento do mercado. Caso a cotação da criptomoeda usada como garantia sofra uma queda brusca, a plataforma pode exigir reforço de colateral — prática conhecida como margin call. Se o usuário não atender ao chamado, a empresa credora pode liquidar automaticamente parte ou a totalidade das moedas digitais para cobrir o valor emprestado, evitando prejuízos e inadimplência.

A volatilidade das criptomoedas exige atenção constante por parte dos investidores, que devem considerar o cenário macroeconômico e o comportamento do mercado antes de contrair esse tipo de crédito. Ainda assim, o modelo tem se mostrado atrativo para quem busca liquidez imediata sem abrir mão de seus investimentos.

Para investidores que já possuem criptomoedas em carteira, essa alternativa oferece uma forma inteligente de alavancar capital sem se desfazer de seus ativos, aproveitando tanto os recursos obtidos quanto o potencial de valorização do mercado digital. Contudo, é fundamental estar atento às variações do mercado e às regras de cada plataforma para tomar decisões conscientes e seguras.

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