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O CASO DOMINICKE

Governador manda população ir ao médico, mas até hospital público cobra para fazer teste de covid-19 

DA REDAÇÃO / LEONARDO MAURO
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O governador Mauro Mendes (DEM) orientou a população a procurar um médico ou uma unidade de saúde, assim que sentir os sintomas iniciais que indiquem possível contaminação pelo coronavírus. Contrariando a realidade do que está acontecendo nos hospitais públicos, onde a população está indignada com o descaso que a Saúde vem passando neste período de pandemia.

Até hospital público que deveria fornecer atendimento de qualidade e gratuito já cobrou R$250 por teste de covid-19 em menino de três anos de idade, internado no hospital municipal de Nova Mutum (264 km a oeste da Capital).

“Estamos chegando a quase 10 mil casos da doença. Acho um equívoco isso, esperar ter sintomas graves para ir a uma unidade. O meu médico me receitou um medicamento e eu tomei e graças a Deus passei bem”, afirmou o governador em entrevista à rádio Gazeta FM, de Barra do Garças (516 km de Cuiabá), na manhã desta segunda-feira (22.06).

“Não espere ficar grave demais para procurar um médico”, orienta Mendes 

A família de um menino de 3 anos, levou um susto após ter que pagar R$ 250 por um exame realizado dentro de um hospital público. O fato foi denunciado pelos familiares que, apesar de não ter condições financeiras, fez um esforço e acabou pagando o valor. O exame confirmou o diagnóstico de covid-19.
De acordo com o chefe do Executivo Estadual, se houver um tratamento adequado nos sintomas iniciais, há menos chance de a doença se agravar. Esse primeiro contato deve ser feito junto aos postos de saúde e policlínicas, na atenção básica, que é de responsabilidade das prefeituras.

“É importante que as pessoas que tenham sintomas do coronavírus procurem um médico, um posto de saúde e lá muito provavelmente a gente espera que o médico possa receitar alguma coisa. Não espere ficar grave demais para procurar uma unidade de saúde”, ressaltou o democrata.

O caso Dominicke 

Segundo narra a bisavó, Dominicke foi internado no dia 5 de junho, após ter fortes dores de cabeça e convulsões. Em 7 dias na unidade hospitalar, voltou a passar mal. “Eu perguntei se não podia ser covid-19, e eles disseram que não. Mas como saía muito sangue, eu insisti e eles descartaram novamente”, contou a aposentada à reportagem do UOL.

Em seguida, o pai de Dominicke, que passava as noites com ele, ligou dizendo que o hospital autorizava a realização do teste de coronavírus, no valor de R$ 250. Além disso, a unidade de saúde disse que não pagaria pelo teste.

“Eu disse que podia fazer o exame, que não tinha dinheiro nem cartão, mas que eu ia arrumar o dinheiro nem que tivesse de pedir na rua”, conta. “Mas não fizeram o exame. Disseram que, enquanto não pagasse, não iam fazer”.

Feito o exame, o menino foi testado positivo para o coronavírus. Ele foi encaminhado para uma UTI do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá e a bisavó em quarentena. Desde então, ela não viu mais a criança.

“Eu achei um abuso cobrar pelo exame. Uma falta de respeito com a vida de uma criança. Ele já estava internado, tinha esse direito ao exame. E se ele pegou a covid lá dentro? Me deram 11 horas pra pagar, só que pobre não tem dinheiro na mão assim”, disse a bisavó. “Não espere ficar grave demais para procurar um médico”, orienta Mendes.

Leia mais sobre o caso Dominicke aqui.

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