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Como parte de acordo com a Justiça Eleitoral, as Forças Armadas pretendem fazer uma checagem própria sobre a totalização dos votos das eleições presidenciais deste ano.
Segundo relatos feitos à CNN, o objetivo de técnicos militares é fazer uma checagem com uma amostragem de pelo menos 385 boletins de urnas.
A ideia é que, no dia da eleição, técnicos das Forças Armadas coletem os dados em seções eleitorais do país e façam uma comparação com os dados informados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
A amostra de pelo menos 385 boletins de urnas foi definida após cálculo estático feito pelas Forças Armadas.
Para torná-la ainda mais segura, a ideia é ampliá-la a no máximo 400 boletins de urnas.
Em reunião no mês passado, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, aceitou disponibilizar às Forças Armadas e aos demais agentes fiscalizadores das eleições deste ano os dados informados pelos TREs sobre os boletins de urnas de cada seção eleitoral do país.
Hoje, já é possível fazer checagem dos boletins de urnas das seções eleitorais no portal da Justiça Eleitoral. Eles são disponibilizados após o encerramento da votação.
No encontro entre Moraes e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, também foi definido que técnicos da Justiça Eleitoral e das Forças Armadas irão desenvolver um projeto piloto para que o teste de integridade, feito no dia da eleição, envolva eleitores comuns e seja feito com biometria.
Também ficou definido que técnicos da Justiça Eleitoral e das Forças Armadas irão desenvolver um projeto piloto para que o teste de integridade, feito no dia da eleição, envolva eleitores comuns e seja feito com biometria.
O assunto deve ser retomado em encontro previsto para esta terça-feira (13) entre Moraes e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. O projeto foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo – e confirmado pela CNN.
Em nota pública, o TSE informou que não houve nenhuma alteração do que foi definido no primeiro semestre nem qualquer acordo com as Forças Armadas ou entidades fiscalizadoras para permitir acesso diferenciado aos dados enviados para a totalização do pleito eleitoral.
“Independentemente dessa possibilidade, como ocorre há diversas eleições, qualquer interessado poderá ir às seções eleitorais e somar livremente os boletins de urnas de uma, de dez, de trezentas ou de todas as urnas”, afirmou.